Ano: 2024

  • Orquídeas Perfumadas: Surpreenda-se com Seus Aromas

    Orquídeas Perfumadas: Surpreenda-se com Seus Aromas

    Descubra as orquídeas mais perfumadas, desde fragrâncias doces até aromas exóticos e surpreendentes, para seu jardim.

    Aromas agradáveis, como chocolate e baunilha, nem sempre vêm de onde se espera: ao invés de saírem de um bolo, por exemplo, podem ser exalados por sua orquídea. Mas não se anime tanto. Outros odores dessas plantinhas remetem a ovo podre e carne em decomposição. Por isso, vale conhecer um pouco mais sobre o variado mundo das orquídeas perfumadas para não cair numa roubada.

    À esquerda, Maxillaria tenuifolia Var. Niagra = coco e à direita, Oncidium Twinkle ‘Red Fantasy’ = baunilha.

    “A mais famosa de todas é conhecida como orquídea-chocolate, a Oncidium Sharry Baby ‘Sweet Fragrance’“, destaca Sérgio Oyama Junior, biólogo paulistano e idealizador do blog Orquídeas no Apê. Há ainda a Oncidium Twinkle, nas cores branco, amarelo e vinho, com aroma adocicado de baunilha, a Spathoglottis plicata, espécie terrestre popularmente chamada de grapete que tem cheiro de uva, e a Maxillaria tenuifolia, com aroma de coco. Outra famosa entre as de fragrância agradável é a brasileira Gomesa crispa, de limão.

    “Especialistas criam híbridos perfumados combinando características genéticas, tornando as orquídeas inspiração para perfumes ao redor do mundo.”

    Entre as desagradáveis, destacam-se a Oncidium ornithorhynchum, com odor de ovo podre ou água sanitária – por ironia do destino, “mãe” do híbrido de chocolate –, a Cattleya percivaliana, cujo cheiro assemelha-se ao inseto maria-fedida, e a Bulbophyllum phalaenopsis, de carne em decomposição. No caso das espécies originais, o perfume tem a função de atrair insetos como moscas, abelhas e mariposas. “São informações atrativas para o agente polinizador, assim como a forma e a cor”, indica José René Rocha, orquidólogo de Aerado, MG. No caso dos híbridos, como são criados fora do ambiente natural, não há essa função.

    Cattleya percivaliana ‘Sumit’ = inseto mais-fedida e a direita, Oncidium Sharry Baby ‘Sweet Fragrance’ = chocolate.

    Assim como acontece na fabricação de perfumes, especialistas trabalham para encontrar as melhores combinações entre espécies e obterem resultados cheirosos. “Como são características contidas no DNA da planta, podem ser transferidas por meio de controle genético”, aponta Ricardo Tadeu de Faria, professor e pesquisador do Departamento de Agronomia da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Inclusive, várias marcas famosas de perfume mundo afora têm apostado na produção de essências com base nas orquídeas.

    “O perfume das orquídeas depende do ciclo da flor e do momento do dia, atraindo polinizadores específicos.”

    Alguns orquidófilos, ao adquirirem um exemplar perfumado, podem não sentir o aroma característico de primeira. Mas muita calma nessa hora: é preciso saber quando apreciá-lo. “As espécies exalam perfume em períodos diferentes do dia; algumas apenas na parte da manhã, outras somente à tarde ou à noite. As vespertinas, por exemplo, visam atrair polinizadores como borboletas, de hábito diurno”, destaca Oyama. Além disso, conforme as flores envelhecem e fecham o ciclo, o cheiro perde a intensidade. De qualquer forma, sabendo escolher os exemplares certos e respeitando o tempo próprio de cada flor, o jardim pode ficar mais bonito e perfumado com a ajuda das orquidáceas.

    Texto Cristina Tavelin

  • Escadas Verdes: Dicas de Paisagismo Criativo

    Escadas Verdes: Dicas de Paisagismo Criativo

    Transforme escadas em jardins vivos com plantas rasteiras, espécies adaptadas e solo enriquecido para paisagismo sustentável.

    Lotes acidentados, geralmente, pedem a inclusão de escadas. Uma boa opção para agregá-las ao projeto paisagístico, de modo mais suave e criativo, é inserir plantas nos espelhos (entre os degraus). “Elas devem ter crescimento rasteiro ou apresentarem baixo porte, para não ocuparem o espaço dos degraus ou serem pisoteadas”, alerta Emerson Steinberg, engenheiro agrônomo e paisagista, de Campinas, SP.

    À esquerda – Na escada que dá acesso à morada, a arquiteta paisagista Christine Roncato, de Campinas, SP, dispôs érica, espécie comumente utilizada como forração, que dá flores lilases e garante um diferencial à estrutura.
    À direita – Idealizada por Daniela e Sonia Infante, paisagistas de Itaipava, RJ, a escadaria confere um charme a mais ao projeto paisagístico graças ao colorido das flores perfumadas da estrelinha-gorda (Sedum multiceps), da lisimáquia (Lysimachia congestiflora) e do rabo-de-gato (Acalypha reptans), que preenchem os vãos entre os degraus de granito.

    Para não errar na escolha da espécie, aposte em forrações e gramíneas. De acordo com a arquiteta paisagista Maria Luiza Aceituno, de Sorocaba, no interior paulista, grama-preta (Ophiopogon japonicus) e singônio (Syngonium angustatum) se adequam bem a estas estruturas, quando dispostas em áreas sombreadas. “Para espaços a pleno sol, recomendo azulzinha (Evolvulus glomeratus), rabo-de-gato (Acalypha reptans), clorofito (Chlorophytum comosum) e grama-amendoim (Arachis repens)”, completa a profissional.

    À esquerda – A engenheira agrônoma e paisagista Daniela Infante, de Itaipava, RJ, compôs uma escada de pedra no talude. Entre os degraus, é possível observar a grama-amendoim (Arachis repens), que pontua a estrutura com suas pequeninas flores amarelas.
    Como levar delicadeza à rústica escada de pedras? Os profissionais da Landscape Jardins, da capital fluminense, plantaram érica (Cuphea gracilis) nos espelhos e quebraram a aridez com a folhagem e as belas flores arroxeadas da espécie.

    Vale destacar que a escada precisa ser planejada especialmente para esta finalidade. “O ideal é criar degraus ‘flutuantes’, que sejam construídos sobre pilotis (pilares), liberando mais solo para a vegetação”, comenta Maria Luiza. Atente-se também para a distância mínima entre os degraus. Segundo Steinberg, eles devem apresentar, pelo menos, 18 cm de largura, evitando, assim, o pisoteio das plantas. “No caso das rasteiras, plante-as da mesma maneira que em vasos, ou seja, bem juntas”, adiciona.

    À esquerda – Para transitar no terreno acidentado, a paisagista Ivani Kubo, da capital paulista, planejou uma escada com placas de pedra. A grama-esmeralda (Zoysia japonica) invade os vãos entre os degraus e ameniza a rusticidade da estrutura.
    À direita – Rústico e bucólico, o jardim projetado pela engenheira agrônoma e paisagista Bibiana Müssnich, da capital gaúcha, conta com uma escada composta por pedras de basalto ferrugem entremeada pela folhagem vistosa da hera (Hedera sp).

    Para garantir o bom desenvolvimento das espécies, é preciso atenção desde a inclusão. “O solo entre os degraus deve receber bastante matéria orgânica, de 3 a 5 kg de húmus/m² antes do plantio”, explica Steinberg.

    Devido ao local diminuto, a manutenção destas espécies torna-se um pouco mais complicada, como acontece com aquelas acondicionadas em vasos. Isso vale para a adubação, que tem de ser fornecida com regularidade de acordo com as necessidades da planta escolhida, e para a poda. “Ela deve ser intensificada para que a forração ultrapasse, no máximo, 2 cm acima da altura do espelho. Já a rega pode ser manual ou por gotejamento”, ensina Maria Luiza.

    1. “Crie degraus ‘flutuantes’ sobre pilotis, liberando mais solo para vegetação e integrando o paisagismo com funcionalidade.”
    2. Espécies como Ophiopogon japonicus e Syngonium angustatum são perfeitas para áreas sombreadas em projetos com escadas verdes.”
    3. Adicione de 3 a 5 kg de húmus/m² ao solo para garantir o desenvolvimento saudável das plantas entre os degraus.”

    Texto Paula Andrade

  • Vídeo Novo no Canal – Canteiros Perfeitos para Janelas

    Vídeo Novo no Canal – Canteiros Perfeitos para Janelas

    Canteiros Perfeitos para Janelas: 25 Inspirações que Você Vai Amar Reproduzir!

    Você já pensou em transformar as janelas da sua casa em verdadeiros refúgios verdes?

    No nosso novo vídeo do canal Jardins.Blog.br, apresentamos 25 ideias incríveis de canteiros para janelas que vão trazer mais charme, vida e natureza para o seu lar. Seja em áreas internas ou externas, essas inspirações de paisagismo são perfeitas para quem ama jardinagem e decoração com plantas

    O que você vai encontrar no vídeo?

    No vídeo “Canteiros Perfeitos para Janelas”, você vai descobrir:

    • Ideias criativas para montar canteiros em diferentes estilos.
    • Combinações de flores e plantas ornamentais que realçam qualquer ambiente.
    • Como transformar janelas simples em pontos de destaque com um toque verde encantador.

    Por que assistir?

    Se você é apaixonado(a) por jardinagem, paisagismo e busca inspirações para decorar sua casa com mais beleza natural, esse vídeo é perfeito para você! Além de ser uma ótima oportunidade para explorar novas ideias, você pode criar um espaço acolhedor que une funcionalidade e estética. 

    Assista e compartilhe!

    Aproveite para assistir o vídeo diretamente em nosso canal no YouTube, o Jardins.Blog.br, e deixe sua opinião nos comentários. Inscreva-se no canal, curta o vídeo e compartilhe com amigos e familiares que também adoram o contato com a natureza. 

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  • Vídeo Novo no Canal – Orquídeas Hibridas

    Vídeo Novo no Canal – Orquídeas Hibridas

    Descubra as 24 Orquídeas Híbridas Mais Incríveis para Sua Coleção

    Se você é um apaixonado por orquídeas e está sempre em busca de espécies únicas para enriquecer sua coleção, prepare-se para se encantar com nosso novo vídeo! No Jardins Blog, trouxemos um conteúdo especial para apresentar 24 orquídeas híbridas fascinantes, com cores vibrantes, formas exóticas e características que tornam cada uma delas uma verdadeira obra-prima da natureza. No vídeo, você vai se inspirar com ideias para ampliar ou começar sua coleção de forma incrível.

    Essas orquídeas híbridas são perfeitas para quem ama plantas e deseja trazer um toque de beleza e sofisticação ao jardim ou à decoração de casa.

    Confira o vídeo completo clicando aqui: 24 Orquídeas Híbridas Incríveis que Você Precisa Conhecer e Adicionar à Sua Coleção.

    Por que assistir?

    No Jardins Blog, nos dedicamos a compartilhar conteúdos que conectam você à beleza da natureza. Este vídeo é ideal tanto para iniciantes quanto para colecionadores experientes, com informações práticas e imagens de tirar o fôlego.

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  • Beleza desconhecida

    Beleza desconhecida

    Descubra como cultivar Angelonias, flores vibrantes e fáceis de cuidar, ideais para canteiros e bordaduras.

    Raramente exploradas pelos paisagistas e pouco conhecidas por apreciadores de plantas, as espécies do gênero Angelonia podem compor belos e coloridos canteiros, conferindo um toque diferenciado ao jardim. Originárias das Américas do Sul e Central, ocorrem desde o México até a Argentina.

    “Das 25 espécies existentes, 18 são nativas do Brasil”, afirma Vinicius Castro Souza, professor do Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), de Piracicaba, no interior paulista. Na natureza, são encontradas em áreas de vegetação abertas e ensolaradas, como campos rupestres, Cerrado e Caatinga. Embora os habitats tenham características áridas, preferem solos úmidos, vegetando nas proximidades de beira de rios permanentes ou temporários e florescendo na época das chuvas.

    “Cultivar Angelonia promove a conservação das nativas e traz diversificação ao jardim com floração contínua e colorida.”

    Algumas representantes deste gênero estão ameaçadas de desaparecer por causa da destruição de seus ambientes naturais. “Na Lista Brasileira da Flora Ameaçada de Extinção estão presentes A. alternifolia, A. crassifolia, A. eriostachys, A. linarioides e A. procumbens”, atenta Aline Cristina Martins, bióloga, de São Paulo, SP.

    Apesar de existirem dezenas de espécies, apenas três são mais conhecidas e cultivadas pelo fato de serem ornamentais: A. salicariifolia, A. angustifolia e A. biflora.

    PARTICULARIDADES

    As Angelonia atingem até 40 cm de altura e dificilmente se tornam arbustos. Possuem folhas verde-brilhantes, ovalado-elípticas, com margem denteada e pelos finos e curtos. Segundo Jades José Spagnhol, paisagista e produtor da Spagnhol Plantas Ornamentais, de Cordeirópolis, SP, seu crescimento é bastante acelerado, tendo em vista que os exemplares costumam desabrochar entre 30 e 40 dias após o plantio.

    “Com flores que desabrocham em 30 dias, a Angelonia oferece beleza e rapidez no paisagismo.”

    “Isso ocorre devido à sua estratégia natural de floração na época chuvosa na Caatinga, ou seja, precisa crescer rapidamente para produzir flores e sementes e, então, reproduzir-se”, destaca Souza. As flores têm cerca de 1 cm de diâmetro, estão dispostas em racemos – isto é, no ápice dos ramos formando um cacho – e amadurecem gradativamente da base para o topo.

    “Assim, embora cada estrutura dure pouco tempo (de três a quatro dias), a floração permanece por várias semanas. Se forem irrigadas adequadamente, é provável que floresçam praticamente ao longo de todo o ano”, revela o professor da Esalq. Vale lembrar que a maior parte desabrocha de novembro a maio e, em algumas variedades de Minas Gerais, Goiás e Bahia, as flores aparecem de maio a setembro.

    De acordo com a bióloga, as tonalidades mais comuns são roxa, lilás e rósea. Já as brancas são bastante raras. “As flores, fortemente assimétricas, apresentam na corola estruturas denominadas gibas, que correspondem a pequenas bolsas onde é produzido um óleo que atrai um pequeno e específico grupo de abelhas nativas do Brasil, que as polinizam”, acrescenta.

    CULTIVO

    As representantes deste gênero possuem cultivo fácil. “A constância das flores proporciona uma atmosfera alegre ao jardim por um período mais longo”, garante o produtor de Cordeirópolis. Ele também assegura que o término da floração é o momento exato para realizar a poda e, então, de 30 a 40 dias depois desse procedimento as flores começarão a aparecer novamente.

    “Suas flores únicas atraem abelhas específicas, garantindo um papel essencial na preservação do ecossistema.”

    Quando necessário, após o desbaste, é recomendado fazer o replantio. “É bom lembrar que elas passam cerca de um ano produzindo continuamente novos ramos e, com o tempo, vão ficando esgalhadas. Neste caso, deve-se recolher algumas sementes e reiniciar o canteiro”, sugere o especialista de Piracicaba. Outra forma de multiplicação é por estaquia.

    O ambiente do qual são originárias dá a dica sobre suas necessidades. Elas preferem ficar em pleno sol e, como se desenvolvem à beira de rios, precisam de solo fértil, bem drenado e úmido, mas sem encharcamento.

    “Cultivar Angelonia é uma forma de colaborar com a conservação das plantas nativas e de promover a diversificação no jardim”, finaliza Souza.

    Dados Gerais

    • Nome científico: Angelonia spp.
    • Nomes populares: angelônia e violeta-de-petrópolis
    • Origem: Américas do Sul e Central
    • Porte: de 30 a 40 cm de altura
    • Flores: cerca de 1 cm de diâmetro, dispostas em racemos, nas cores roxa, lilás, rósea e branca
    • Folhas: verde-brilhantes, ovalado-elípticas, com margem denteada e pelos finos e curtos
    • Cultivo: em grupos densos, em canteiros e como bordadura
    • Solo: úmido, fértil e bem drenado
    • Clima: tropical e subtropical
    • Luminosidade: pleno sol
    • Irrigação: frequente
    • Dificuldade de cultivo: nenhuma
    • Multiplicação: por sementes ou estaquia
    • Curiosidades: possui pequenas bolsas com óleo, coletado por abelhas específicas responsáveis pela polinização.

    Texto Renata Putinatti. Fotos Tatiana Villa.

  • Como Cuidar de Orquídeas Oncidium

    Como Cuidar de Orquídeas Oncidium

    Oncidium enderianum

    Aprenda a cuidar das orquídeas Oncidium, conheça suas cores, espécies raras e os cuidados essenciais para flores duradouras.

    Amarelas, marrons, verdes, alaranjadas, brancas, róseas e até tigradas, a diversidade de cores das flores é um dos grandes atrativos da orquídea Oncidium, que tem entre as mais populares a chuva-de-ouro (Oncidium varicosum) e a pingo-de-ouro (Oncidium flexuosum). Elas são também conhecidas por bailarinas devido à aparência dos labelos com a saia das dançarinas e à semelhança de formato das peças superiores da flor e sua coluna com o tronco e os braços.

    Não há número exato de espécies da orquídea Oncidium. São cerca de 315 e centenas de híbridos. De acordo com o orquidófilo René Rocha, no livro ABC do Orquidófilo, o gênero já reuniu um maior número de espécies, mas passa por estudos e novas proposições pelos taxonomistas. Por exemplo, a Oncidium equitante passou a pertencer ao gênero Tolumnia.

    “A durabilidade e a quantidade das flores tornam a orquídea Oncidium um espetáculo natural que pode durar até 40 dias.”

    As orquidáceas do gênero Oncidium preferem basicamente o clima tropical para vegetarem. A maioria é epífita, isto é, crescem sobre os galhos, troncos e copas das árvores, e apresentam pseudobulbos ovalados e achatados. “Outra característica presente em grande parte das espécies do gênero é que as pétalas e as sépalas são bastante pequenas em relação ao labelo”, enfatiza Sonia Soares, sócia do Orquidário Mata da Praia, de Marataízes, ES.

    A durabilidade e a quantidade das flores são os grandes atrativos da orquídea Oncidium. “Geralmente, dão hastes florais com várias inflorescências que chegam a durar até 40 dias. Existem exemplares cujas hastes não passam de 5 cm e com inúmeras flores de 4 a 5 mm. Há também espécies com caules de até 1 m e outras com apenas uma única flor”, exemplifica Carlos Hass, do Orquidário Chácara Suíça, de Curitiba, PR.

    Hass destaca entre as variedades a rara Oncidium retemeyerianum, cuja peculiaridade é permanecer florida o ano todo. “Abre uma flor por vez. Quando uma cai, floresce a próxima da haste, e assim ocorre ao longo do ano”, elucida o orquidófilo.

    Sucesso no cultivo

    Não há uma maneira padrão válida para cultivar todas as espécies de Oncidium. Segundo Sonia, o cultivo depende da origem da orquidácea. “A maioria aprecia ser cultivada ao ar livre, sem, contudo, ficar exposta diretamente ao sol. Desenvolvem-se muito bem plantadas em tocos de galhos de árvores e, quando em vaso, preferem os de barro com substrato bem arejado, pois não toleram muita umidade, já que suas raízes são finas e apodrecem facilmente”, ensina o orquidófilo do Orquidário Chácara Suíça.

    “A rara Oncidium retemeyerianum permanece florida o ano todo, florescendo continuamente ao longo de sua haste.”

    A profissional do Orquidário Mata da Praia explica que uma planta de clima frio, como a Oncidium concolor ou a Oncidium crispum, se levada para um ambiente de temperatura mais elevada, irá florir e vegetar razoavelmente por dois ou três anos, no máximo, e, em seguida, irá definhar subitamente e morrer sem razão aparente a não ser pelo clima inadequado. “A escolha das espécies ou híbridos deve ser feita de acordo com o clima”, reforça a especialista.

    No inverno, algumas orquídeas do gênero precisam de um período de repouso bem severo e outras nem tanto. Sonia alerta que a diminuição da rega não deve provocar o enrugamento dos pseudobulbos e das folhas. “As espécies originárias da Floresta Atlântica precisam de mais umidade do que as de regiões mais secas”, fala ela.

    Na adubação, recomenda-se adubo foliar a cada 30 dias na composição 10-10-10 ou 20-20-20, sempre na dosagem recomendada pelo fabricante. “O excesso de adubo pode manchar as folhas”, alerta Hass.

    Cruzamentos

    Devido à quantidade de florescências e tons, o gênero possui uma diversidade de híbridos, como o O. Star Wars, O. Aloha ‘Iwanaga’ e O. Twinkle, entre outros.

    Os especialistas avisam sobre constantes ataques de fungos da ferrugem, bastante frequente nas espécies e nos híbridos mais sensíveis ao cobre. Entre as pragas, as mais comuns são as cochonilhas e lesmas.

    “O cultivo da Oncidium exige atenção ao clima, com adaptações específicas para cada espécie ou híbrido.

    Texto Janaina Silva

  • Como Cultivar Orquídeas Epífitas com Sucesso

    Como Cultivar Orquídeas Epífitas com Sucesso

    Cattleya walkeriana

    Aprenda os cuidados essenciais para cultivar orquídeas epífitas, garantir flores exuberantes e proteger suas plantas do sol e das chuvas.

    Para compreender um pouco mais do universo das orquídeas, é importante saber como se comportam na natureza e a localização que escolhem para crescerem. Entre os hábitos vegetativos, as orquidáceas subdividem-se em três categorias: as epífitas, que vegetam em árvores; as rupículas, que se desenvolvem entre pedras e rochas; e as terrestres. 

    As plantas epífitas já foram chamadas de parasitas por viverem sobre outras espécies. Mas, hoje sabe-se que elas apenas se apoiam em partes como troncos e galhos para buscar luz para o seu completo desenvolvimento. “O epifitismo é a forma de vida de plantas que vivem sobre outras sem retirar nutrientes delas. As plantas epífitas absorvem as substâncias que precisam da matéria orgânica e fragmentos que caem das árvores e se acumulam em suas raízes”, explica a orquidóloga Leonice Preto, proprietária do Orquidário Orgânico Hortolândia, no interior paulista.

    “As epífitas representam cerca de 90% das orquidáceas nativas do Brasil, mostrando sua incrível adaptação ao ambiente.”

    O posicionamento nas árvores varia conforme a espécie. Algumas preferem ficar no alto da copa, ou seja, apreciam maior incidência solar, e outras preferem galhos baixos e sombreados. Na natureza, as plantas epífitas recebem a luz do sol que passa entre as folhas, assim como a ventilação necessária ao seu desenvolvimento. “Normalmente, as raízes são acompanhadas de fungos, formando uma associação simbiótica conhecida como micorriza, que transforma a matéria orgânica em minerais, facilitando a absorção dos nutrientes”, esclarece a orquidóloga.

    “Micorrizas transformam matéria orgânica em minerais, ajudando as raízes epífitas a absorverem nutrientes de forma eficiente.”

    As plantas epífitas representam a maioria das orquidáceas, sobretudo as nativas do Brasil. “Calcula-se que em torno de 90% sejam desse tipo”, fala Leonice. Entre os gêneros mais conhecidos estão Cattleya, Oncidium, Epidendrum, Catasetum, Miltonia, Pleurothallis, Masdevallia, Maxillaria, Encyclia, Brassavola, Laelia e Sophronitis. De acordo com Leonice, na flora brasileira, rica em diversidade, figuram entre as plantas epífitas mais populares Bifrenaria harrisoniae, Bifrenaria aureofulva, Brassavola tuberculata, Brassavola fragrans, Brassavola perrinii, Oncidium flexuosum, Oncidium croesus, Oncidium crispum, Oncidium longipes, Cattleya labiata, Cattleya purpurata, Cattleya loddigesii, Cattleya walkeriana, Cattleya bicolor, Cattleya granulosa, Cattleya forbesii, Cattleya nobilior e Cattleya intermedia, entre outras. “Há ainda uma infinidade de híbridos, já que as espécies são muito utilizadas na hibridação”, observa a proprietária do Orquidário Orgânico Hortolândia.

    Particularidades

    Entre as características que as distinguem estão a presença de pseudobulbos, folhas grossas e raízes com velame, uma estrutura esbranquiçada que reveste as raízes. “São plantas que não enraízam no solo, necessitam se fixar em árvores ou objetos elevados para suprir suas necessidades de iluminação e umidade e para reter pequenas partículas minerais que vêm pelo ar e matéria orgânica para a sua sustentação”, elucida a especialista do Orquidário Orgânico de Hortolândia.

    “Para cultivar epífitas, use telas sombreadoras e proteja-as do sol direto e chuvas excessivas.”

    Para o cultivo das plantas epífitas em casa ou em orquidários particulares, é preciso atenção redobrada. Para proporcionar a luminosidade necessária para o correto desenvolvimento e florescimento das orquidáceas, é aconselhável usar cobertura com plástico leitoso e telas de sombreamento adequadas para cada região. “Elas precisam ficar protegidas da incidência direta do sol, que provoca queimaduras, e das chuvas, que podem encharcá-las”, enfatiza Leonice.

    Agora, é só escolher a sua preferida e colocá-la no local ideal para usufruir da beleza exuberante de suas florações.

    Janaina Silva

  • Dividindo brotos, multiplicando flores

    Dividindo brotos, multiplicando flores

    Descubra como dividir bulbos de Oncidium e encher sua casa com mais vasos e flores.

    Melhor do que apenas um vaso enfeitado pela beleza de sua orquídea são vários vasos com elas. Por isso, o engenheiro agrônomo Patrick van de Weijer, da Ecoflora, em Holambra, SP, explica como realizar a divisão de brotos de Oncidium, mas ele acrescenta que isto vale para qualquer orquídea que forme bulbo. Dentre os materiais utilizados está o chip de coco, o qual pode ser substituído por casca de pinus, apesar de alguns pormenores. “O substrato de coco se decompõe mais lentamente, mas saliniza, com isso deve-se ter cuidado com o nível de sal. Já o pinus tem mais facilidade em acidificar e se decompor”, esclarece.

    “Multiplique a beleza de sua orquídea Oncidium transformando um único vaso em vários repletos de flores deslumbrantes.”

    Ele informa que este procedimento deve ser feito de dois em dois anos ou quando perceber que o recipiente está muito cheio. Retire a orquídea do vaso com cuidado (1).

    Remova o substrato anterior com atenção para não arrancar as raízes (2).

    Corte o exemplar a cada dois bulbos, sempre respeitando a ligação. Portanto, se houver três bulbos muito juntos, não os separe. Os muito pequenos também não devem ser divididos. “Nunca deixe um só bulbo”, alerta Weijer (3).

    Solte os grupos de bulbos tomando muito cuidado com as raízes (4).

    Centralize cada conjunto novo de bulbo em um vaso (5).

    “Nunca deixe um só bulbo durante a divisão das orquídeas, pois isso compromete o desenvolvimento saudável das plantas.”

    Preencha o recipiente com o substrato escolhido; em nossa foto, o chip de coco. A medida ideal é até chegar ao bulbo (6).

    Com auxílio dos dedos, aperte o substrato para que ele se acomode (7).

    Faça o mesmo procedimento com todos os pares e trios que dividiu. Pronto! Agora, ao invés de um vaso, você terá multiplicado suas flores (8).

    VOCÊ VAI PRECISAR DE: Chip de coco, vasos e tesoura, além do exemplar de Oncidium que já deve estar sem flores.

    “O substrato de coco decompõe-se mais lentamente, mas exige atenção com a salinidade; o pinus, por sua vez, acidifica mais rápido.”

    Texto Carolina Pera. Fotos Antonio Di Ciommo

  • Vídeo Novo no Canal – 25 Ideias para Muros

    Vídeo Novo no Canal – 25 Ideias para Muros

    Paisagismo Criativo: 25 Ideias para Renovar Muros Internos. Inspire-se Agora!

    Transforme seus muros internos em verdadeiras obras de arte com as incríveis ideias de paisagismo que preparamos para você! Em nosso novo vídeo no canal Jardins.Blog.br, apresentamos 25 ideias criativas de paisagismo para muros internos que vão renovar sua casa, trazendo mais vida, beleza e um toque especial de natureza para seus ambientes.

    Com dicas práticas e inovadoras, mostramos como aproveitar espaços verticais para criar painéis verdes, jardins suspensos, texturas naturais e composições únicas que combinam plantas, iluminação e elementos decorativos. Seja para sua sala, varanda ou até mesmo um espaço comercial, essas ideias são perfeitas para quem deseja agregar charme e sofisticação ao design de interiores.

    Por que assistir este vídeo?

    • Inspiração ilimitada: descubra projetos únicos e adaptáveis a qualquer espaço.
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    Quer transformar o visual do seu lar ou local de trabalho? Então, assista ao vídeo completo no YouTube e inspire-se com essas ideias criativas e acessíveis!

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  • Vídeo Novo no Canal Jardins BLOG!

    Vídeo Novo no Canal Jardins BLOG!

    Descubra 35 Ideias Criativas de Caminhos para o seu Jardim!

    Nada como um caminho bem planejado para valorizar o paisagismo e transformar seu jardim em um espaço encantador! Em nosso novo vídeo, “35 Ideias de Caminhos para Jardins. Inspiração para Paisagismo Perfeito!”, você vai encontrar sugestões incríveis para criar trilhas funcionais e agradáveis, usando materiais como pedras, madeira, tijolos e até opções sustentáveis. 🍃

    Seja para jardins grandes ou pequenos, essas ideias vão inspirar você a criar ambientes que conectem beleza e natureza. Caminhos bem feitos não apenas organizam os espaços, mas também proporcionam uma experiência única para quem visita seu jardim. 🌸

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