Mês: outubro 2024

  • Jasmim-Manga: Beleza e Perfume no Jardim”

    Jasmim-Manga: Beleza e Perfume no Jardim”

    Descubra como cultivar o jasmim-manga e valorize seu paisagismo com uma árvore de beleza tropical e aroma único.

    “Uma árvore muito especial em todos os sentidos. Seja pela arquitetura de copa, as flores perfumadas com tonalidades e cores aquareladas, lindas folhas estruturadas, casca cintilante e fruto forte. Sua presença é muito impactante. É uma rainha dos jardins”, assim é o jasmim-manga (Plumeria rubra), como bem define Juliana Gatti Pereira Rodrigues, fundadora e CEO do Instituto Árvores Vivas, em São Paulo, SP.

    “Com perfume e cores vibrantes, o jasmim-manga se destaca e é a ‘rainha dos jardins’.”

    Sua beleza delicada não se limita ao paisagismo. As flores são utilizadas para confeccionar os tradicionais colares havaianos, além dos demais adornos usados nas Ilhas do Pacífico. “Nas tradições asiáticas da Indonésia e Tailândia ela é utilizada devido às suas propriedades medicinais. Existem pesquisas sobre a função antibactericida de substâncias presentes na sua casca e na sua seiva, que é um tipo de látex”, completa Juliana. Mas Aline Cristina Vieira das Chagas Fini, engenheira agrônoma e professora do Instituto Brasileiro de Paisagismo (IBRAP), na mesma capital, alerta para os perigos. “Sua seiva leitosa e abundante é considerada tóxica.”

    “Adaptável e perene, o jasmim-manga floresce em diversas altitudes e climas ao redor do mundo.”

    “A professora destaca também outro fato curioso da Plumeria rubra. “Esta planta é conhecida como frangipani em homenagem ao Marquês Muzio Frangipani, que no século XVI sintetizou sua fragrância.” Ou seja, além da aparência agradável, possui aroma que desperta interesse e não é só dos seres humanos, mas também de outros seres vivos. “O néctar das flores é perfumado para atrair seus polinizadores. Normalmente, a hora que ela exala o perfume é o momento do dia no qual – no seu processo evolutivo – a presença do polinizador ideal é mais provável no ambiente. Esse aroma é uma estratégia da árvore para sua reprodução, assim como o desenho e cor das flores”, comenta Juliana.

    “A flor de jasmim-manga atrai polinizadores com seu aroma e beleza natural, promovendo biodiversidade.”

    Nativa de regiões como México e parte da América Central e Sul, foi introduzida no Havaí em 1860. Ela não necessita de muitos cuidados, o que faz com que se espalhe pelo mundo afora. “Uma espécie pouco exigente, o que a torna altamente adaptável. Hoje em dia é cultivada nas mais diferentes localidades do mundo, inclusive a 2 mil metros de altitude e com sucesso”, conta Juliana. Aline explica que esta é uma planta de pleno sol e que gosta de clima tropical e subtropical. De ciclo perene, chega a seis metros de altura.

    Podemos encontrar distintas tonalidades de jasmim-manga. “São misturas que ocorrem naturalmente em ambiente selvagem, mas também cores que foram conseguidas através de cruzamentos planejados. As mais silvestres são a branca com miolo amarelo e a vermelha. O cruzamento entre elas produziu inúmeras variedades”, afirma a CEO.

    BELEZA SEM TEMPORADA

    Não importa a época do ano, o jasmim-manga é sempre ornamental, independente de sua floração. “Por ter muita presença em todas suas estruturas morfológicas, é uma opção de espécie que irá compor muito bem projetos paisagísticos, sempre oferecendo algum destaque visual, não importa em qual fase se está. É linda mesmo quando fica totalmente sem flores e folhas”, diz Juliana. O que acontece muito, pois é uma espécie com folhagem caduca, isto é, caem todas as suas folhas em determinado momento do ciclo, o que ainda pode ser vantajoso. “Suas flores podem atrair insetos, inclusive um tipo de abelha chamada mamangava. É muito comum observarmos no lado de baixo das folhas uma ferrugem. Isto é ocasionado por um fungo. Mas, como a planta é caduca, não há a necessidade de aplicação de fungicida, pois a própria elimina as folhas na época certa”, explica Aline.

    Outro item alertado por Juliana é o fato do látex. “Em um ambiente com crianças, o látex pode ser um ponto de preocupação, pois ele não deve ser colocado livremente sobre a pele, mucosas, olhos e boca.” Mas mesmo isso não pode ofuscar o reinado da espécie, que pode ser utilizada no paisagismo como destaque ou em conjunto de árvores, promovendo um efeito visual forte e escultural com seus galhos.

    EM BOA COMPANHIA

    Para Juliana, a plumeria combina com uma base de folhagens com altura de até 50 cm e com plantas que sejam mais simples estruturalmente, já que ela possui bastante informação visual. Já para Aline, a compatibilização se dá com plantas de clima tropical, como helicônias (Heliconiaceae), alpínias (Zingiberaceae) e palmeiras (Arecaceae). “Vai da criação e composição do profissional.”

    Porém, vale ressaltar, evite lugares estreitos para plantar seu exemplar, pois a espécie possui copa larga, mas é uma boa opção até mesmo para vasos. “Pode-se plantar a partir de galhos que pegam com facilidade, só deixar ele mais seco do que encharcado para evitar apodrecimento e com a seca estimular o crescimento da raiz. Como é uma muda que vem de árvore já adulta, começa a florescer no ano seguinte”, ensina a fundadora do Instituto Árvores Vivas.

    JASMIM-MANGA

    Nome Científico: Plumeria rubra
    Nomes Populares: jasmim-manga, árvore-pagode, frangipani, jasmim-de-são-josé
    Origem: México e parte da América Central e Sul
    Porte: Pode chegar a 6 metros de altura
    Folhas: caducas
    Flores: diversas cores e tonalidades entre o branco com amarelo, o rosa e o vinho
    Cultivo: fácil e sem segredos
    Clima: equatorial, subtropical e tropical
    Ciclo de Vida: perene
    Luminosidade: pleno sol
    Curiosidade: conhecida como frangipani em homenagem ao Marquês Muzio Frangipani, que no século XVI sintetizou sua fragrância. Além disso, suas flores são usadas para produzir os típicos colares havaianos.

    Texto Carolina Pera Fotos [1] Evelyn Müller [2] Gui Morelli e [3] Tarso Figueira

  • Estilo de Jardim Tropical: Harmonia e Natureza

    Estilo de Jardim Tropical: Harmonia e Natureza

    Descubra como o jardim tropical valoriza plantas brasileiras e cria ambientes naturais e ecológicos.

    Já que existem os estilos de jardim japonês, francês e inglês, talvez o jardim tropical devesse ser chamado de brasileiro. De característica exuberante e intensa, este é o formato que mais se identifica com nosso país.

    “No Brasil ele ganhou visibilidade devido, em grande parte, ao trabalho de Roberto Burle Marx, o qual soube utilizar com maestria as espécies tropicais (nativas e exóticas) em seus jardins, valorizando, sobretudo, as nativas, que até então eram vistas como mato e que não recebiam o devido valor”, conta a arquiteta paisagista Isabela Ono, coordenadora de projetos do escritório de paisagismo Burle Marx, no Rio de Janeiro, RJ.

    Leticia Momesso, paisagista e professora do portal Eduk, concorda. “É de comum acordo que esse estilo tenha surgido com Roberto Burle Marx, o primeiro paisagista a valorizar as plantas naturais do Brasil em suas composições, a partir da década de 1930.” Ela explica que suas linhas são sinuosas, orgânicas e harmonizadas com a paisagem.

    “O jardim tropical rompe com a rigidez europeia, criando uma paisagem que parece naturalmente formada pela natureza.”

    Tons Verdes e Cores Quentes

    Ambas as profissionais apontam para as folhagens de diferentes formas que predominam num jardim tropical e a cor verde. “Usam-se os contrastes entre os diversos tons de verde, suas nuances e texturas para a clareza da composição”, diz Leticia. Já a floração deve ser exuberante e pender para os tons quentes, como vermelho, laranja e amarelo. Isabela destaca a família Araceae, como espécies de Philodendron e Anthurium, além de palmeiras (Arecaceae) de diferentes tipos e as flores das heliconiáceas e bromeliáceas. “A floração das árvores tropicais é igualmente exuberante e intensa. Os ipês (Bignoniaceae), eritrinas (Fabaceae), quaresmeiras (Melastomataceae), cássias (Fabaceae), córdias (Boraginaceae), lofoanteras (Malpighiaceae) e couroupitas (Lecythidaceae) se destacam entre as espécies tropicais”, completa.

    Para Leticia, no jardim tropical não existe topiaria e os ângulos retos são poucos. “Ele veio para romper com a rigidez dos jardins europeus. Existe nele uma composição em que são trabalhadas as proporções das plantas tropicais e subtropicais, com sua disposição cuidadosamente estudada para parecer que a natureza fez aquela paisagem sozinha, ao mesmo tempo em que é pensado para que haja a valorização de cada um dos elementos instalados.” Ela afirma que há curvas amplas, traçados sinuosos e livres e que a proporção está muito mais relacionada com o entorno do que com a arquitetura em si, apesar de ainda manter uma relação harmoniosa com ela. “Há um sentido ecológico, uma tentativa de agrupar, paisagisticamente, plantas que se associam naturalmente no Brasil”, define. Ela também elege as palmeiras, helicônias e bromélias e acrescenta bananeiras (Musaceae), gramíneas, dracenas e samambaias (Asparagaceae), e até mesmo orquídeas (Orchidaceae).

    “Roberto Burle Marx trouxe visibilidade ao estilo tropical, transformando mato em arte e celebrando a flora brasileira.”

    Já para a paisagista Ana Paula Magaldi, de São Paulo, SP, o estilo combina com todos os tipos de projetos arquitetônicos. “Ele está relacionado ao nosso clima e nossa matéria-prima é a vegetação tropical, que, quando projetada com contraste de cor e simetria, valoriza diversos tipos de arquitetura.”

    “Mais importante do que pensar em estilos de jardim é pensar na estrutura paisagística de um projeto ou composição. O jardim francês, por exemplo, tem normalmente uma estrutura mais formal, com a utilização de recursos projetuais, como a simetria, ritmo bem definido e uso da perspectiva, entre outros. O jardim tropical, por sua vez, tem normalmente características menos formais, porém, nada impede que se utilize uma estrutura formal para acentuar determinado aspecto ou enfatizar uma linha de força”, pontua Isabela ao defender que diferentes estilos podem ser utilizados em um mesmo espaço ou projeto. “Não existe uma fórmula, ou certo e errado. Uma composição paisagística pode comportar a utilização de diferentes tipologias. Buscar a harmonia do conjunto é a tarefa do profissional de projeto paisagístico.”

    Locais para se Admirar

    Leticia acredita que esse seja o estilo mais indicado para nosso país, pois atrai, abriga e alimenta toda uma fauna local, além de ser harmonizador do espírito quando usado para contemplação. “Bancos, pedras, fontes, lagos e espelhos d’água fazem parte desse tipo de jardim, desde que com cores naturais e formas orgânicas, integrando-se harmonicamente com a própria natureza.” Fora os espelhos d’água, Isabela cita os pergolados, esculturas e painéis artísticos como itens que podem ser utilizados no jardim tropical.

    “A valorização de plantas nativas brasileiras define o jardim tropical, promovendo ecologia e harmonia com a fauna local.”

    Caso queira apreciar algum projeto típico tropical, Leticia recomenda um projeto de Burle Marx de fácil visitação, o parque Ibirapuera, em São Paulo. “Outros que valem a pena serem pesquisados, por sua beleza e equilíbrio, são a Residência Nininha Magalhães Lins, RJ; Residência Odete Monteiro, Corrêas, RJ; Residência Colombo, Itanhangá, RJ; e Residência Maria do Carmo Nabuco, RJ.” Isabela também lista alguns lugares. “São muitos os exemplos de jardins tropicais que podem ser encontrados no Brasil. Um dos primeiros projetados com essas características foram os jardins da Praça da Casa Forte, assinado por Burle Marx em Recife na década de 1930, no qual ele utilizou espécies nativas da Amazônia, como pau-mulato (Calycophyllum spruceanum), açaí (Euterpe oleracea) e abricó-de-macaco (Couroupita guianensis), além de algumas espécies exóticas. Outro bom exemplo é a praça Salgado Filho (1947-1950), no Rio de Janeiro, onde Burle Marx destacou a diversidade e exuberância da flora nativa brasileira”, finaliza.

    Texto Carolina Pera Fotos [1] Alessandro Guimarães, [2] Divulgação/Escritório Burle Marx, [3] Gustavo Xavier e [4] Tarso Figueira

  • Horta Caseira Rápida: Cultive em Pouco Espaço

    Horta Caseira Rápida: Cultive em Pouco Espaço

    Descubra as espécies ideais para uma horta caseira com rápido crescimento e fácil manutenção.

    Aos que não têm paciência para esperar uma horta crescer, uma boa dica é começar por espécies que possuem um desenvolvimento rápido. Assim, não é preciso aguardar seu alimento saudável por muito tempo. Separe seu espaço de cultivo e mãos à horta! Luis Felipe Villani Purquerio, pesquisador do Instituto Agronômico (IAC) de Campinas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, aponta para algumas hortaliças que possuem uma evolução mais veloz, são elas: alface, chicória e almeirão. “A alface é a espécie de folheosa de hortaliça mais consumida. A crespa leva 20 dias para formar a muda e 40 para colher, já a americana, 30 dias de muda e 50 para colheita. A rúcula é mais rápida, são 20 dias para a muda e com mais 28 você colhe. A chicória tem o tempo parecido com o da alface, já o almeirão, que é mais amargo, leva 30 dias para muda e de 40 a 50 para retirada.”

    “Espécies de crescimento rápido como alface e rúcula são ideais para quem busca resultados em pouco tempo.”

    Mas ele alerta que no inverno é tudo mais lento. “O ciclo é mais preguiçoso nas baixas temperaturas e mais ativo no verão. Há uma diferença de até 7 dias entre as estações.”

    Para quem pode esperar um pouco mais, ele recomenda a raiz de rabanete, que leva 45 dias para ser consumida depois da muda plantada, e com 100 a 150 dias podemos ter tomate, pimentão, berinjela, abóboras, pepino e folheosas como repolho.

    Mas fique atento às diferenças. “O material genético é variável. Dentro das alfaces há muitas variedades e cada uma tem uma especificidade. Ou seja, em cada espécie você tem vários cultivares com peculiaridades muito distintas, referente ao ambiente e ao tipo de cultivo.”

    As paisagistas Vivian Perazzio e Mônica Leão, do Bem Verde Horta e Jardim, do Rio de Janeiro, indicam, além da rúcula, pepino, berinjela e tomate, a cebolinha e a salsinha, tão necessárias para os temperos de uma boa receita. “Para pessoas com pouca prática aconselhamos mudas. As sementes requerem maior habilidade e regas diferentes”, acrescentam.

    “No inverno, as hortaliças desaceleram; no verão, o ciclo é mais rápido, com até 7 dias de diferença.”

    DICAS E RESSALVAS

    Purquerio informa que em qualquer local há como se ter uma horta. “Eu tive uma jardineira com quatro pés de alface e um pouco de manjericão. Não há o espaço mínimo, basta ter boa vontade”, conta. Ele explica que é um cuidado artesanal e que o solo deve estar quase sempre úmido.

    Já as paisagistas Vivian e Mônica recomendam que, caso sejam utilizados vasos, atentar-se às dimensões. “O tamanho do vaso e a espécie que deseja plantar são importantes. Os muito pequenos requerem mais regas e menos terra significa menos nutrientes para a planta. Não os aconselhamos.” Elas ensinam que o espaço deve ter uma boa drenagem e pode ser feito o uso de pedrinhas ao fundo e areia e terra para tal.

    Outra regrinha que elas relembram é sobre o consórcio de culturas. “A regra básica é juntar plantas no mesmo vaso que tenham as mesmas necessidades. Exemplo: manjericão gosta de mais água, já o alecrim é uma planta do Mediterrâneo e requer solo mais arenoso e menos rega.” Portanto, elas listam aqui algumas possíveis combinações: alecrim, sálvia e tomilho — precisam de solo mais arenoso e pouca rega; coentro, cebolinha e salsa — necessitam de solo bem orgânico e rega frequente. E há as espaçosas, como a hortelã, que de preferência devem ser plantadas sozinhas.

    O profissional do IAC finaliza informando que o importante é entender que todas elas são seres vivos e que precisam de cuidados. “Além da irrigação é necessária a nutrição, que pode ser em forma de matéria orgânica.” Outro fator importante, de acordo com ele, é o cuidado com pragas. “Sempre olhar se tem pulgão ou insetos. Se tiver, retire com a mão mesmo, não compensa controle químico em pequena escala.”

    Já as paisagistas esclarecem que são necessárias quatro horas de sol diárias e deixam uma dica caseira: “Separe cascas de ovos e deixe secar ao sol. Triture no liquidificador e as transforme em farinha. Use no solo na proporção de 1 colher de sopa para cada vaso — a cada 30 dias — é uma boa fonte de cálcio para as plantas.

    Além disso, elas alertam que não devem ser usadas cascas de frutas e legumes direto nas plantas, pois isso faz surgir insetos, fungos e outras pragas. “Elas precisam ser decompostas adequadamente para serem utilizadas. Para adubar o solo, utilize húmus de minhoca por cima da terra, afofando e misturando-o à terra — uma vez ao mês”, concluem.

    Confira algumas das espécies indicadas para ter uma horta express!

    Cebolinha (Allium fistulosum)

    Deve ser cultivada sob sol pleno em solo fértil bem preparado, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Ela vegeta em uma ampla faixa climática, adaptando-se ao frio e ao calor, mas prefere o clima ameno. Desenvolvimento em cerca de 85 dias.

    Hortelã (Mentha sp.)

    Por ser uma espécie rústica, seu cultivo é fácil. O solo deve ser fértil e enriquecido com matéria orgânica para uma boa produção. As regas devem ser regulares, deixando o solo permanentemente úmido, porém, sem encharcamento. Tolera geadas e é espaçosa, evite cultivá-la próxima a outras espécies.

    Rabanete (Raphanus sativus)

    De clima equatorial, mediterrâneo, subtropical, temperado e tropical, deve ser cultivado sob sol pleno, em solo fértil, drenável, neutro, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Aprecia o clima ameno. Sua origem é asiática e europeia. Leva 45 dias para ser consumida depois da muda plantada.

    Hortelã (Mentha sp.)

    Por ser uma espécie rústica, seu cultivo é fácil. O solo deve ser fértil e enriquecido com matéria orgânica para uma boa produção. As regas devem ser regulares, deixando o solo permanentemente úmido, porém, sem encharcamento. Tolera geadas e é espaçosa, evite cultivá-la próxima a outras espécies.

    Alface (Lactuca sativa)

    É de clima continental, equatorial, mediterrâneo, subtropical, temperado e tropical. Tem origem europeia e mediterrânea e gosta de sol pleno, mas deve ser protegida nas horas mais quentes do dia. Entre muda e colheita, leva de 60 a 80 dias, dependendo do tipo.

    Tomate (Solanum lycopersicum)

    Proveniente da América Central e do Sul, deve ser cultivado sob sol pleno, em solo fértil, profundo, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Aprecia o clima ameno. Tempo: de 100 a 150 dias.

    Berinjela (Solanum melongena)

    Deve ser cultivada sob sol pleno em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigada regularmente. Não tolera o frio, geadas ou encharcamento do solo. A colheita começa em média com 110 dias.

    “O tamanho do vaso e a drenagem influenciam diretamente o sucesso da sua horta caseira.”

    Texto Carolina Pera Fotos [1] Antonio Di Ciommo, [2] Evelyn Müller e [3] Gui Morelli

  • Novo vídeo no Canal Jardins.Blog!!

    Novo vídeo no Canal Jardins.Blog!!

    24 Orquídeas Híbridas Incríveis : Espécies Encantadoras para o Seu Jardim! – Parte 1

    No Jardins Blog, estamos sempre em busca de ideias e inspirações que encantem os apaixonados por jardinagem, paisagismo e plantas. Hoje, trazemos um vídeo especial do nosso canal no YouTube: “24 Orquídeas Híbridas Incríveis – Parte 1”! 🌿 Este é o primeiro de uma série onde apresentamos 45 das mais belas e fascinantes orquídeas híbridas, ideais para quem quer adicionar um toque de cor e elegância ao seu jardim ou decoração.

    As orquídeas híbridas se destacam por sua diversidade e beleza única, e esse vídeo oferece uma verdadeira viagem ao mundo das orquídeas, com espécies que certamente vão conquistar você. Descubra, inspire-se e escolha as melhores para transformar o seu espaço verde! E o melhor: você pode acompanhar tudo no conforto de sua casa.

    Dicas para Acompanhar e Compartilhar
    Acesse o vídeo no nosso canal Jardins.Blog.br, curta, compartilhe e inscreva-se para receber notificações das próximas partes da série! Ajude outros amantes da natureza a conhecerem essas espécies encantadoras compartilhando o vídeo em suas redes sociais. 🌿✨

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  • “Vaso Growht: O Vaso que Cresce com a Planta”

    “Vaso Growht: O Vaso que Cresce com a Planta”

    Conheça o Growht, vaso inovador que se expande, eliminando o reenvase e acompanhando o crescimento das plantas.

    De aparência futurista, o Growht é um dos sonhos da jardinagem: trata-se de um vaso que cresce junto com a planta, acabando com a necessidade de reenvase. Desenvolvida por Bike e Begum Ayaskan, gêmeas recém-graduadas em Design pelo Royal College of Art, em Londres, UK, a tecnologia busca reproduzir aspectos naturais. “Os espaços e objetos que nos cercam são muito estáticos. Na natureza, tudo se adapta, cresce, floresce, se degrada, morre e é reabsorvido. Com esse projeto, quisemos mostrar que até um simples vaso pode ser melhorado para adaptar-se ao ciclo da vida”, explica Bike.

    “O vaso Growht expande com a planta, eliminando a necessidade de reenvase e oferecendo espaço de crescimento contínuo.”

    O produto foi pensado para acomodar especialmente árvores e espécies grandes, desde sua germinação até o crescimento completo. Uma árvore pequena, geralmente, precisa ser reenvasada de três a quatro vezes. Mas o vaso Growht, com seu design geométrico, é capaz de expandir seu volume de cinco a seis vezes, tornando desnecessária a troca de recipiente. “Conforme a planta cresce, o vaso é empurrado para fora – pelas próprias raízes ou mesmo com a ajuda de pessoas – e basta adicionar mais terra. Esse processo permite que a habitante não se sinta inibida pelas bordas de seu vaso”, diz a designer.

    “Inspirado na natureza, o Growht adapta-se ao ciclo da vida, acompanhando o crescimento e necessidades da planta.”

    A ideia, que nasceu como projeto universitário, usou tecnologias simples, mas minuciosamente planejadas. “Procuramos por métodos que pudessem fornecer mudanças em todas as dimensões e encontramos no origami triangular a fórmula ideal. Assim, calculamos a equação capaz de gerar o formato cilíndrico perfeito para um vaso. O padrão atingido pode ser modificado para apresentar mais ou menos faces triangulares.” Uma fina folha de polipropileno compõe as laterais do recipiente e uma malha do mesmo material foi colocada na base, permitindo a drenagem da água. O produto deve começar a ser comercializado no segundo semestre de 2016, pela internet e através de varejistas no Brasil e outros países

  • Grama: Escolha e Procedência Importam

    Grama: Escolha e Procedência Importam

    Garanta qualidade no plantio da grama: escolha a espécie certa e compre de fornecedores confiáveis para evitar problemas.

    O terreno já está definido para receber a gramínea; a espécie também já foi eleita, seguindo os critérios de uso, como resistência ao pisoteio, e de acordo com a insolação. As próximas etapas são a aquisição e o plantio da grama. Alguns formatos são mais indicados para áreas maiores e outros garantem o resultado mais rápido. “Rolos e tapetes são as formas mais indicadas para plantio em projetos residenciais, devido à rápida cobertura do solo, evitando a propagação de plantas daninhas. Essa escolha dependerá da área a ser plantada e do relevo do terreno”, orienta a engenheira agrônoma Daniela Antoniolli, coordenadora executiva da Associação Nacional Grama Legal, com sede em São Paulo, SP.

    “Rolos e tapetes oferecem cobertura rápida, evitando plantas daninhas e agilizando o plantio em áreas residenciais.”

    “Normalmente, para jardins residenciais, o mais utilizado e recomendado são os tapetes, na medida 62,5 x 40 cm. Dependendo da extensão do gramado e se permitir a entrada e manobras do equipamento de plantio, podem ser empregados os maxi rolos, que medem 0,75 x 40 m, cuja plantação é mais ágil comparada à dos tapetes, por não terem emendas”, esclarece o engenheiro agrônomo Maurício Ercoli Zanon, gerente comercial e coordenador do departamento de pesquisa da Itograss, que oferece as espécies grama-esmeralda (Zoysia japonica) e grama-são-carlos (Axonopus compressus). Outra maneira de forrar a área é por meio de plugs. Porém, segundo o engenheiro agrônomo Ernesto Siqueira Henriques, da Green Grass, que indica a espécie grama-zeon (Zeon zoysia), pela adaptação a vários tipos de solo e com baixa manutenção, o método é pouco utilizado pois exige trabalho e tempo na sua condução até a formação. “As placas deixam o gramado pronto”, enfatiza Henriques.

    “A grama de procedência duvidosa compromete o jardim com plantas invasoras, pragas e alta frequência de manutenção.”

    A grama em rolo com o tamanho de 1,25 x 40 cm é uma forma antiga de comercialização, mas ainda em uso. O nome se deve por serem enrolados para comercialização. Segundo o especialista da Green Grass, todo o processo é manual, como colheita e transporte. “A vantagem das placas e tapetes é a mecanização total das etapas, incluindo acondicionamento sobre pallets, carregamento por empilhadeiras e descarregamento. São também mais leves e fáceis de serem manuseados”, esclarece.

    Segundo Henriques, praticamente não há diferença de valores entre os rolos e tapetes. “O metro quadrado do produto na forma de maxi rolo é mais caro, porém ocorre economia no tempo de plantio e mão de obra necessária. A equação deve ser bem estudada para a escolha da opção mais vantajosa”, completa o engenheiro agrônomo da Itograss, que promete para 2016 novas variedades de gramíneas para os jardins residenciais.

    De olho na origem

    Uma das questões importantes para a beleza e conservação do tapete verde é a procedência da grama. Segundo a Associação Nacional Grama Legal, entidade criada em 2010 para fomentar a profissionalização da gramicultura brasileira, existem diversos produtos irregulares à venda no mercado, originados de áreas de produção irregulares, que não respeitam normas ambientais e agrícolas e de extrativismo ilegal. “Essas gramas possuem alta contaminação por plantas daninhas, diminuindo o aspecto paisagístico do gramado e aumentando a frequência de manutenção”, enfatiza Daniela.

    Dessa forma, a engenheira agrônoma recomenda a aquisição do produto em um distribuidor, floricultura ou viveiro regularizado e estabelecido. “Evite a compra em caminhões estacionados em estradas e vias urbanas”, alerta. Outra dica da profissional é consultar sempre paisagistas, técnicos e agrônomos antes de adquirir e plantar o gramado. “O barato pode sair caro. A grama sem origem compromete a qualidade do gramado porque traz risco de plantas daninhas, pragas, parasitas e fungos de solo para seu jardim”, finaliza.

    “Consultar profissionais antes de comprar grama evita problemas futuros e garante qualidade e segurança no paisagismo.”

    Texto Janaina Silva

  • Cuidados Essenciais com Phalaenopsis

    Cuidados Essenciais com Phalaenopsis

    Phalaenopsis parishii

    Saiba como cuidar da Phalaenopsis, uma das orquídeas mais populares e resistentes.


    O nome Phalaenopsis deriva das palavras gregas phálaina (mariposa) e opsis (parecido), em alusão à forma de algumas espécies que lembram mariposas em voo. O gênero, que provém do sudeste asiático e parte do norte da Austrália, é o mais comercializado no mundo e um dos mais conhecidos da família Orchidaceae, possuindo cerca de 75 espécies.

    Elas se adaptam ao clima de todas as regiões brasileiras. Porém, no livro ABC do Orquidófilo, o orquidófilo e orquidólogo René Rocha, de Areado, MG, afirma que ela é uma planta que exige abrigo. “É suficiente uma área coberta, mas que receba iluminação indireta, como a de uma janela. Sol direto, em outro horário que não o dos primeiros raios, provocará queimaduras maléficas em suas folhas.”

    De acordo com Adriano Mota, proprietário do Orquidário Mata da Praia, em Marataízes, ES, a luminosidade ideal é em torno de 60%. Ele alerta para os cuidados com água e ar. “As espécies do gênero Phalaenopsis gostam de certa umidade, mas detestam excesso de água. O bom é deixar o substrato sempre úmido ou deixá-lo secar para então molhar. A boa circulação do ar é vital para a planta, tanto para a secagem do substrato quanto para a respiração das folhas”, orienta.

    CARACTERÍSTICAS

    Mota explica que as espécies possuem crescimento ilimitado, pois são monopodiais; têm raízes absorventes e aderentes, as quais são responsáveis pela alimentação da planta e por sua fixação; e folhas que fazem respiração e também alimentação. É um gênero muito resistente e durável. “Suas flores persistem por três a cinco semanas antes de murcharem.” Devido a suas características, a Phalaenopsis é muito utilizada em cruzamentos e, de acordo com Mota, é a maior planta em matéria de híbridos. “Phalaenopsis stuartiana tem sido muito utilizada como matriz para aumentar o número de flores. Alguns híbridos modernos possuem essa espécie como base.” Entre as mais requisitadas pelo mercado de flores, segundo o especialista, está a Phalaenopsis amabilis devido a suas flores brancas graúdas em forma de cascata.

    De fácil plantio, as espécies podem ser plantadas em vasos de barro ou plástico, cachepô de madeira ou em troncos de árvores. “Quando cultivadas em vasos ou cachepôs, é necessário que se coloque uma camada de pedra no fundo para permitir a rápida drenagem do excesso de água. Complete com substrato da sua escolha”, explica Mota.

    CUIDADOS

    Para o melhor desempenho da planta, o proprietário do Orquidário Mata da Praia sugere o uso de adubo – fórmula 20-20-20 ou similar – aplicado na medida de uma colher de café por litro. Quanto ao substrato, há diversos que podem ser utilizados, lembrando que durabilidade, retenção de água e adubação nos variados tipos são distintas entre si. São eles: carvão vegetal, casca de pinus, pedras brita, nó-de-pinho, casca de peroba, coco desfibrado e árvores vivas.

    Dentre os problemas que poderão ser enfrentados estão as pragas. Mota elenca algumas delas: o percevejo ataca principalmente folhas mais novas, já os pulgões proporcionam danos e deformações em brotos e folhas. Para ambos, o combate se dá por meio de inseticida à base de água.

    As cochonilhas, espécie de algodão branco, devem ser retiradas com água corrente e sabão neutro com auxílio de uma escova dental macia. O inseticida à base de água só deve ser usado quando o ataque for grande. Já as lesmas e caracóis são eliminados com lesmicida aplicado após o uso de água. Além dessas, há as doenças fúngicas que acometem as plantas. Quando isso ocorre, o ideal é isolar a orquídea, suspender as regas, cortar as folhas atingidas e pulverizar fungicida sistêmico, que pode ser encontrado em casas especializadas na comercialização de adubos e defensivos agrícolas.

    Texto Carolina Pera

  • Como Combater Cochonilhas em Orquídeas

    Como Combater Cochonilhas em Orquídeas

    Descubra o tratamento completo para combater cochonilhas e recuperar suas orquídeas rapidamente.

    Para qualquer orquidófilo de plantão, a palavra “cochonilha” causa arrepios, daqueles tão profundos como os que se leva ao assistir a um bom filme de terror. A pobre orquídea, vítima desses insetos – as preferidas são Laelia, Cattleya e Cymbidium – deve ser tratada com rapidez para sobreviver. As minúsculas pragas, com cerca de 0,2 mm, fixam-se na planta e passam a sugar toda a seiva vegetal, além de injetar toxinas. Entre os danos causados, há atraso no desenvolvimento, amarelamento de folhas e bulbos e, nos casos mais graves, secamento por necrose e morte do exemplar. A espécie com carapaça é a mais difícil de combater e forma um tipo de massa branca na orquídea, deixando manchas permanentes. Seu escudo torna complexa a eliminação, mas não impossível, como ensina Creuza Müller, fundadora do Orquidário da Mata, em São Paulo, SP.

    A especialista escolheu a Cattleya labiata concolor para demonstrar o tratamento. O exemplar, extremamente danificado pelo ataque de vários tipos de cochonilhas e pulgões, necessitou de replantio, pois o bulbo sofreu uma necrose violenta e a parte morta precisou ser extraída. Para dar início ao processo de recuperação, primeiramente, aplique o inseticida sistêmico junto a um pouco de óleo mineral ou vegetal na planta (1), composição específica para exterminar as cochonilhas com carapaça por meio do sufocamento. Após a aplicação, espere um dia para que o preparado possa agir de forma eficiente (2). Depois desse período, corte a parte necrosada do bulbo (3) e aplique a pasta selante com a ponta da tesoura (4). A etapa seguinte requer cuidado e paciência. “Escove as regiões afetadas pela praga com uma escova de cerdas macias, limpando suavemente todos os cantos da folha onde encontrar o inseto (5)”, indica Creuza. Esse procedimento é de extrema importância, pois a cochonilha tem esporos que infestam outras plantas pelo ar. Realize mais duas ou três aplicações em intervalos de sete dias e pronto, agora sua orquídea pode se restabelecer e voltar a crescer bela e saudável (6).

    VOCÊ VAI PRECISAR DE:

    • Pasta selante
    • Inseticida sistêmico
    • Óleo (mineral ou vegetal)
    • Escova dental
    • Luva
    • Tesoura esterilizada

    Texto: Cristina Tavelin Fotos: Hamilton Penna

  • Dragoeiro: A Árvore Mística de Socotra

    Dragoeiro: A Árvore Mística de Socotra

    Descubra os segredos da Dracaena cinnabari, a árvore que dá origem ao “sangue-de-dragão”, usada há séculos para remédios e tintas.

    Conhecida como sangue-de-dragão ou dragoeiro, a Dracaena cinnabari exibe coloração avermelhada e formato peculiar que a tornaram a planta mais conhecida do arquipélago de Socotra, no Iêmen. De acordo com publicação do Royal Botanic Garden Edinburgh, na Inglaterra, o local possui uma das floras mais ricas do mundo, a qual inclui 825 espécies nativas, sendo que 306 delas são endêmicas – a exemplo da sangue-de-dragão.

    A substância vermelha extraída do tronco e dos galhos – responsável pelo nome curioso da árvore – é conhecida como cinábrio e utilizada para diferentes finalidades pela população local. Em artigo publicado pela Mendel University of Agriculture and Forestry, da República Checa, os autores Radim Adolt e Jindrich Pavlis indicam seu uso no tratamento de doenças gástricas e também na produção de tintas e colas feitas para decoração de peças de cerâmica e das próprias casas do arquipélago.

    A sangue-de-dragão, segundo consta no artigo, provavelmente é uma relíquia da vegetação antiga encontrada no noroeste do continente africano, para onde “migrou” após o processo de desertificação do Saara, há milhões de anos. Mais uma curiosidade: o gênero Dracaena inclui cerca de 60 a 100 espécies, mas apenas seis delas se desenvolvem como árvores.

    Texto Cristina Tavelin. Fotos Depositphotos.

  • Jasmim-Manga: Beleza e Cuidados Essenciais

    Jasmim-Manga: Beleza e Cuidados Essenciais

    Descubra como cultivar e cuidar do Plumeria rubra, uma árvore tropical com flores perfumadas e vibrantes.

    Com floração de perfume levemente adocicado, o jasmim-manga é uma árvore que pode chegar a 8 m de altura. Apesar do porte, possui crescimento lento e conta com ramos robustos e casca lisa, acinzentada ou bronzeada. “Por ser uma planta tropical, desenvolve-se melhor em climas quentes, podendo ser utilizada também em ambientes úmidos”, explica o engenheiro agrônomo e paisagista Gilmar Gumy, de Irati, PR.

    As flores aparecem nas tonalidades branca, laranja, rósea e vermelha, com algumas variações como branca com o miolo amarelo, laranja com o miolo amarelado e róseo mesclado com amarelo. Segundo o engenheiro agrônomo e paisagista Alexandre Galhego, de Campinas, SP, o jasmim-manga se adapta muito bem a qualquer tipo de solo, desde que seja fértil e drenado. “Entretanto, tem maior predileção pelo arenoso”, complementa Clodoaldo Hergert, proprietário do Sítio Raio de Sol, de Limeira, interior paulista.

    Esta espécie ainda é constantemente utilizada na arborização urbana, em calçadas de até 2 m de largura. “É válido atentar que deve haver distanciamento de 6 a 8 m entre cada exemplar, para que tenham espaço suficiente para se desenvolver.” O jasmim-manga não suporta geadas, sendo que durante o outono-inverno perde as folhas e, entre outubro e abril, surgem belas e perfumadas flores. Vale lembrar que é considerado tóxico em função da substância quinina presente em sua seiva, que pode ser bastante prejudicial se ingerida.

    Hergert ressalta que, pelo fato de ser decorativo e não precisar de muitos cuidados, profissionais do setor de paisagismo costumam utilizá-lo na criação de jardins, inclusive dispostos em vasos. “Para realizar o plantio, deve-se usar terra vermelha, areia e composto orgânico, fazendo um dreno na cova, que precisa ter tamanho mínimo de 40 x 40 x 40 cm”, explica. Gumy, por sua vez, comenta que, quando em conjunto, propicia um ar tropical ao espaço externo, graças ao rico colorido de sua abundante floração e ao formato arredondado de sua copa.

    CUIDADOS

    O engenheiro agrônomo e paisagista explica que, tanto em arborização urbana quanto em jardins e vasos, deve-se usar calcário e NPK 10-10-10, além de aplicar mensalmente 300 g de NPK na mesma proporção sobre a terra do canteiro. Ele revela que, nesse processo, o ideal é misturar bem o adubo ao solo, para depois regar. “Por ser uma planta muito florífera, após o segundo ano, é recomendado adubar com NPK 4-14-8.” De acordo com Galhego, o período mais adequado para a adubação se inicia em outubro, com as chuvas, e termina em fevereiro, devendo ser preferencialmente fracionada e com quantidade específica conforme o tamanho do exemplar.

    Quanto aos outros cuidados, Hergert afirma que a rega não pode ser excessiva e a poda necessita ser realizada na época de dormência, que acontece em junho e julho. Galhego adiciona que também é possível fazer poda de formação para tornar sua copa proporcional e simétrica, além de eventuais retiradas de galhos secos e doentes. Já a multiplicação acontece por sementes ou estacas de ramos que, antes de serem plantadas, precisam estar cicatrizadas pela ação do ar, em um processo que dura cerca de 24 horas, pelo menos.

    JASMIM-MANGA

    Nome científico: Plumeria rubra
    Nomes populares: jasmim-manga, frangipane, árvore-pagode, plumélia, jasmim-de-são-josé, jasmim-do-pará e jasmim-de-caiena
    Origem: América Tropical
    Porte: até 8 m de altura
    Flores: perfumadas e nas cores branca, laranja, rósea e vermelha
    Folhas: grandes, largas e brilhantes, com queda no outono-inverno
    Cultivo: isolada ou em grupo
    Solo: fértil e bem drenado
    Clima: tropical
    Luminosidade: pleno sol
    Irrigação: frequente
    Dificuldade de cultivo: não tolera frio e geada
    Multiplicação: por estaquia de ramos ou sementes
    Curiosidade: produz seiva tóxica

    Texto Fernando Inocente. Edição Renata Putinati. Fotos Evelyn Muller.