Transforme seu jardim litorâneo com plantas escultóricas e espécies resistentes, garantindo beleza e praticidade durante todo o ano.
Plantas escultóricas e bem-adaptadas para suportar as baixas temperaturas e os ventos litorâneos foram as escolhidas pela arquiteta Evelise Tellini Vontobel, da capital gaúcha, para compor o jardim de sua casa de veraneio, localizada na cidade de Xangri-lá, no RS. Álamo (Populus nigra), junípero-chinês (Juniperus chinesis pfitzeriana), bambuza (Bambusa textilis gracilis) e palmeira-moinho-de-vento (Trachycarpus fortunei) destacam-se pelos 400 m², em meio aos taludes verdejantes cobertos por grama-esmeralda (Zoysia japonica). “Adoro observar as estações representadas, claramente, pelos elegantes álamos e o gramado que envolvem harmoniosamente a morada”, descreve Evelise, que assina a arquitetura e o projeto paisagístico.
Refúgios Contemplativos
Evelise tomou o cuidado de definir espécies que suportam os ventos que vêm do mar para compor o paisagismo. “A ideia foi criar um jardim impactante e de baixa manutenção”, pontua. As florações e tonalidades mutantes das plantas enchem o quintal de cores e renovam a paisagem no passar dos meses. As árvores escultóricas despertam a atenção e são elementos centrais da proposta paisagística que valoriza a elegância e o frescor. Cercado por muretas, um recanto com cadeiras dá as boas-vindas à vivenda e, de onde, é possível observar a trepadeira falsa-vinha (Parthenocissus tricuspidata) subir pelos pilares de tijolos aparentes, colorindo-os com seus tons verdes, avermelhados e acobreados, no decorrer das estações.
Exemplares da altiva palmeira-moinho-de-vento delimitam o lounge criado ao fundo da morada com deque de madeira. De lá, pode-se admirar as hortênsias (Hydrangea macrophylla) que florescem nos meses da primavera e verão e tingem os canteiros com seus matizes. O ornamental capim-do-texas dá movimento e buxinhos topiados levam forma, garantindo, ainda, privacidade à morada. Já a trepadeira alamanda-amarela (Allamanda cathartica) e suas flores em forma de funil enfeitam a região durante o ano inteiro.
Texto Janaina Silva. Fotos Marcelo Donadussi.