Aprenda a cuidar da Echeveria elegans, suculenta ornamental perfeita para climas secos e baixa irrigação, com dicas de cultivo.
Herbácea sem caule com folhagem ornamental e suculenta que forma rosetas densas de cores que vão do verde ao azulado, assim é a Echeveria elegans, também conhecida como bola-de-neve-mexicana. Como o próprio nome já diz, esta planta provém dos desertos do México, porém, de acordo com Anselmo Augusto de Castro, docente da área de paisagismo e jardinagem do Senac Santa Cecília, em São Paulo, SP, ela encontra-se em risco de extinção no seu local de origem.
Ainda segundo o professor, esta espécie adapta-se às regiões mais secas e não resiste bem ao clima muito chuvoso. Elas necessitam de pleno sol, mas têm tolerância à meia-sombra. Uma das vantagens da bola-de-neve-mexicana é que ela não requer regas frequentes, o que torna a manutenção mais fácil. Mas um alerta deve ser feito aqui: “o excesso de rega pode propiciar o surgimento de fungos.” Portanto, mais um motivo para ir com calma na hora de aguar.
A explicação está em sua folhagem suculenta e cerosa. “Suas folhas carnudas acumulam água em seu interior”, explica Iracy Sguillaro, coordenadora do curso de pós-graduação de paisagismo: espaços públicos e privados do Centro Universitário Belas Artes, em São Paulo, SP. Daí retiramos o porquê deste tipo de planta não precisar de tanta irrigação e resistir a tempos mais secos: armazenamento. A profissional destaca também a forma estrutural desta suculenta da família Crassulaceae, que traz bastante ornamentalidade aos espaços. Sua inflorescência se dá de modo ramificado, com flores róseas em hastes também rosadas. Ela explica que sua multiplicação pode ser feita através da estaquia das folhas ou por separação dos brotos que surgem ao redor da planta. Castro acrescenta que esta é uma ótima espécie para reprodução e, que além dos modos citados anteriormente, também é possível realizar sua proliferação através de sementes.
COMPOSIÇÕES DIVERSAS
No paisagismo, a Echeveria elegans pode ser empregada em vasos, jardineiras ou diretamente no solo. Vale ressaltar que a terra deve ser rica em nutrientes e possuir boa drenagem. Castro afirma que esta espécie é boa forração para canteiros a pleno sol, e Iracy diz que, se utilizada em grupos, resulta num bom projeto em conjunto com pedras, cascas de madeira e pneus reciclados triturados específicos para jardins.
Cactáceas e outras espécies de suculentas são boas companhias para a bola-de-neve-mexicana e podem formar composições interessantes. Por ser uma planta de pequenas dimensões – sua altura chega a 20 cm – Iracy atenta ao fato de que é relevante escolher uma forração para dar destaque ao agrupamento.
Texto Carolina Pera [1] Alessandro Guimarães, [2] Evelyn Müller e [3] Patrícia Cardoso