Orquídeas Únicas: Espécies que Imitam Animais

ORQUÍDEA-ABELHA

Conheça orquídeas que imitam animais, desde a orquídea-macaco até a flor-primata, e encante-se com suas peculiaridades.

A diversidade de tons, formatos e perfumes das orquidáceas sempre surpreende. Assim, não é de se admirar que o exotismo de algumas espécies possa remeter à aparência de animais ou corpos humanos. “São tipos difíceis de serem encontrados. Muitos estão à beira da extinção e outros habitam regiões específicas e pouco acessíveis”, afirma o biólogo Henrique Cunha Vieira, da Esalflores, de Curitiba, PR.

Figuram na lista as exuberantes Dracula simia, conhecida como orquídea-macaco; Ophrys apifera, a orquídea-abelha; Habenaria radiata, que parece uma pomba-branca; Habenaria grandifloriformis, em formato de anjo; Orchis simia, a flor-primata por lembrar a estrutura de um corpo; Orchis italica, chamada de homem-nu; Hymenopus coronatus, cuja floração se assemelha a um louva-a-deus; e Orphys insectifera, que tem o nome popular de orquídea-mosca. De acordo com o biólogo, são espécies destinadas a colecionadores e com valores considerados altos. “Até entre os orquidófilos, são bem raras”, comenta.

Entre as mais comuns, Vieira cita as espécies Oncidium incurvum, que alude a bailarinas, os sapatinhos do gênero Paphiopedilum, o labelo em forma de pássaro da Phalaenopsis e a olho-de-boneca (Dendrobium nobile).

ORQUÍDEA-ABELHA

Só falta produzir mel, tamanha a semelhança da orquídea Ophrys apifera com o inseto. Endêmica de Portugal, onde possui o estatuto de espécie protegida, é típica de climas temperados e é encontrada também na região mediterrânea, no leste do Mar Negro. Cresce em áreas rochosas e em bosques, atingindo até 30 cm. Anualmente, nos meses de junho e julho, produz de uma a dez flores.

ORQUÍDEA-SAGUI

Originária do Equador e da Colômbia, a Dracula gigas pertence ao gênero Dracula, que reúne 120 espécies, como Dracula erythrochaete, Dracula lotax e Dracula vampira, que se sobressaem pelas flores com aspecto de cara de sagui. Vegetam em regiões frias e altas, que chegam a 2 mil metros de altitude. Seu cultivo pode ser feito em vasos com furos para que as hastes florais cresçam livremente. Suas flores costumam durar cerca de dez dias.

ORQUÍDEA-BURRO

Pétalas grandes voltadas para cima, como se fossem orelhas, são responsáveis pelo nome popular da espécie Diuris longifolia. Australiana, a orquídea-burro pertence ao grupo que se caracteriza por flores com fundo amarelo e manchas de outras cores. Habitam áreas abertas de clima sazonal, apresentando períodos diferentes de crescimento, floração e dormência.

HOMEM-NÚ

Nativa da Europa mediterrânea, do Oriente Médio e do Norte da África, a Orchis italica, devido ao formato peculiar de seu labelo, é conhecida popularmente como homem-nu. Espécie terrestre, floresce de março a junho e as cores das flores variam entre o branco e diferentes tons de rosa e lilás. Apresenta inflorescência erecta, em forma de espiga, com flores pequenas e numerosas.

ORQUÍDEA-PATO

Um pato em pleno voo. Assim pode ser definida a Caleana major, originária do sul e leste australiano. Apresenta pequeno porte e cores não chamativas. É bastante rara encontrá-la na natureza e ainda não foi possível cultivá-la em viveiro, pois as raízes possuem relação simbiótica com um fungo que só cresce no seu habitat. Floresce na Primavera-Verão, despontando de duas a quatro flores em uma haste verde, longa e ereta.

ORQUÍDEA-POLVO

Espécie epífita que vive em troncos e galhos de árvores em regiões pantanosas com temperatura amena, a orquidácea Prosthechea cochleata chama atenção pelo formato similar ao de um polvo. Uma das pétalas tem desenho de concha listrada de roxa e as demais assemelham-se a tentáculos no tom verde. Ao observá-la, é imediata a analogia ao molusco nadando em alto-mar. Encontrada na América Central, no sul da Flórida (Estados Unidos), no México e na Venezuela, é considerada a flor símbolo de Belize, no Caribe.

Texto Janaina Silva.

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