Transforme Sua Casa com Plantas Nativas

Descubra como o paisagismo tropical e o uso de plantas nativas podem transformar sua casa em um refúgio 

Localizada no alto do bairro Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ, área com bastante vegetação nativa e próxima a montanhas e aos pés do Cristo Redentor, a morada projetada pelo arquiteto Erick Figueira de Mello, da mesma cidade, de 1.700 m² em meio a um terreno de 2 mil m², ganhou área verde planejada pela paisagista Anna Luiza Rothier, também da capital carioca. “A arquitetura foi de grande ajuda, pois contamos com muitas janelas e portas envidraçadas, desenvolvendo por meio das transparências a ilusão de que o verde invade os espaços, criando uma comunicação entre todas as áreas do jardim e dando uma dimensão incomum ao paisagismo”, conta a profissional.

Como a casa tomou grande espaço do terreno, o paisagismo foi pensado com o intuito de ampliar a área restante. “Criamos canteiros em frente a todos os muros, bem como em toda a casa, para dar uma perspectiva de um espaço maior.” Foram desenvolvidos muitos jardins, nichos e diferentes áreas. “Tivemos o cuidado de dividir a casa em um eixo central, rebatendo em suas duas laterais as mesmas espécies de plantas para dar um segmento ao jardim”, explica. No portão de entrada foi feita uma cerca-viva com triális (Galphimia brasiliensis), para garantir maior privacidade à morada. Ao redor, encontram-se exemplares de camedórea-elegante (Chamaedorea elegans), leia (Leea coccinea) e pleomele (Dracaena reflexa), além de um vaso vietnamita em cerâmica esmaltada que abriga mapuás (Cyclanthus bipartitus). Anna teve cuidado com as passagens disponíveis nas laterais da morada. “Planejei canteiros em ambos os lados da casa para eliminar o aspecto de corredor. Desta forma, ele ficou bem mais largo e com novas perspectivas.”

Tropicalidade no lazer

Já o espaço da piscina ganhou ar tropical devido às mudas de jerivá (Arecastrum romanzoffianum), que foram plantadas de maneira intercalada com pinheiros-de-buda (Podocarpus macrophyllus). A cor fica por conta das ixoras (Ixora coccinea). Debaixo do ombrelone, uma mesa redonda abriga seis cadeiras. Espreguiçadeiras tomam conta da região ao redor da estrutura de lazer, e vasos com margaridas (Asteraceae) dão um tom laranja ao espaço.

O ponto alto é o jardim interno que recebeu bambu-mossô (Phyllostachys pubescens), palmeira-licuala (Licuala grandis) e moreias (Dietes bicolor), que ganham o complemento de parte da vegetação que cai da laje e cobre o hall de entrada. “As janelas e as portas das salas e quartos se abrem para este paisagismo, tornando-o muito importante.” O jasmim (Oleaceae) que pende está na laje que divide o segundo andar em dois módulos. “As plantas são semelhantes às residuais da mata atlântica, para dar uma continuidade ao morro em frente à casa.” Podemos dizer que esta morada é cheia de verde e vida. “A casa é toda rodeada e revestida de plantas, dentro, fora e nos dois andares. Toda a residência é como se fosse um grande jardim”, finaliza a paisagista.

Texto Carolina Pera. Fotos Edson Ferreira.

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