Cymbidium: Cuidados Essenciais e Floração Perfeita

Cymbidium Kiwi Baron

Aprenda como cultivar Cymbidium, garantindo uma floração exuberante e saudável.

A beleza exótica do gênero Cymbidium é um dos grandes atrativos para admiradores e colecionadores das orquidáceas pelo mundo. Originárias da Ásia e Ilhas do Pacífico, um grupo é oriundo das regiões frias do Himalaia e elevações na China, e outro de locais de temperaturas intermediárias, com espécies que não necessitam do frio para floração, caracterizando-se por hastes pendentes e flores pequenas.

As espécies despertam a atenção pela intensidade dos tons e exuberância de suas flores. São aproximadamente 44 espécies registradas, e os híbridos totalizam mais de 10 mil. “As florescências são vistosas, perfumadas, cerosas, nas cores branca, amarela, esverdeada, carmim ou mesclada em tonalidades diversas”, enfatiza Diva Silva, analista ambiental do projeto Flora Orchidaceae Inhotim, em Brumadinho, MG.

No livro ABC do Orquidófilo, o orquidófilo e orquidólogo René Rocha, de Areado, MG, afirma que, embora haja espécies epífitas, a maioria é terrestre, incluindo os híbridos comerciais. Para boas floradas, a dica é cultivá-las em sol quase direto em sua vasta folhagem, e expô-las a horas de frio durante vários dias, na época de sua pré-floração. Por isso, desenvolvem-se bem em regiões que apresentam temperaturas mais baixas. “Os Cymbidium são facilmente encontrados no Brasil e, por preferirem um ambiente mais ameno, a região sul do País é a mais indicada para o cultivo”, ensina a especialista em orquídeas do Inhotim.

QUASE IDÊNTICAS

No Brasil, as espécies naturais são raras, encontradas em poucas coleções particulares, de acordo com Rocha. “Diferenciar espécies naturais das híbridas é uma tarefa complicada devido à semelhança entre elas, o que dificulta a distinção”, alerta Diva.

ATRIBUTOS

Entre as principais características estão os pseudobulbos curtos, achatados e arredondados, folhas longas, coriáceas e lineares com até 60 cm de comprimento. As inflorescências surgem em grandes hastes verticais de até 60 cm com até 10 unidades, cujos tamanhos variam de 8 a 15 cm, apresentando variedade de formas e cores. Segundo a analista ambiental, cada flor possui três sépalas, duas pétalas e um labelo, com disposição semelhante à Cattleya, com exceção de Cy. goerigii e Cy. triginum, nas quais as pétalas não se abrem totalmente. A durabilidade pode variar de cinco a 40 dias, normalmente. Já nos híbridos, as flores prolongam-se por até 60 dias.

CUIDADOS

As orquídeas são terrestres, em sua maioria, e podem ser cultivadas em vasos ou diretamente no jardim. “O cultivo dentro de casa não é adequado, pois requer bastante luz durante o dia e temperaturas bem frescas, mas podem perfeitamente ser transferidas para o interior da casa quando a planta estiver florida”, comenta Diva.

Com sistema radicular bem desenvolvido, necessitam ser replantadas a cada dois anos. Deve-se adicionar uma parte nova de substrato e colocá-las em vasos grandes, pois as raízes dessa planta apreciam bastante substrato, o que permite um melhor desenvolvimento. “Apenas um desbaste de limpeza é necessário. Abra a touceira do raizame com as mãos, corte as raízes velhas e retire alguns bulbos que secaram ou estão murchando”, esclarece Rocha.

A luz é um fator importante para a floração da planta. A iluminação deve ser direta, porém, em dias de muito calor, é recomendável colocar o exemplar em local mais sombreado. Os Cymbidium necessitam de muita água, mais do que outras orquídeas, principalmente na fase de crescimento, na qual recomenda-se manter o substrato sempre úmido, sem encharcar demais, o que pode provocar o apodrecimento das raízes e a proliferação de doenças. Na floração, é importante reduzir a quantidade de rega.

A adubação deve ser quinzenal, com material rico em nitrogênio e fósforo. Quanto ao substrato, os especialistas indicam utilizar uma mistura de fibra de coco, casca de pinus, musgo e areia grossa. Combinações de casca de pinus, fibra de coco e carvão também são utilizadas com sucesso.

PRAGAS E DOENÇAS

As pragas e doenças podem aparecer por vários fatores. “O controle de luz, umidade, ventilação e adubação, além da esterilização das ferramentas de trabalho, são medidas que reduzem o surgimento de problemas”, explica a especialista do Inhotim.

Como qualquer outra orquidácea, o Cymbidium pode ser atacado por cochonilhas, ácaros, fungos e pulgões. Os ácaros e as cochonilhas podem ser combatidos com pulverização de óleo mineral. “Um método simples e eficaz é lavar a planta em água corrente com sabão neutro utilizando uma escova de dentes para retirar a praga”, relata Diva. Para os pulgões, usam-se inseticidas. Já em casos de fungos, é recomendado consultar especialistas para a solução correta.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima