Phalaenopsis parishii
Saiba como cuidar da Phalaenopsis, uma das orquídeas mais populares e resistentes.
O nome Phalaenopsis deriva das palavras gregas phálaina (mariposa) e opsis (parecido), em alusão à forma de algumas espécies que lembram mariposas em voo. O gênero, que provém do sudeste asiático e parte do norte da Austrália, é o mais comercializado no mundo e um dos mais conhecidos da família Orchidaceae, possuindo cerca de 75 espécies.
Elas se adaptam ao clima de todas as regiões brasileiras. Porém, no livro ABC do Orquidófilo, o orquidófilo e orquidólogo René Rocha, de Areado, MG, afirma que ela é uma planta que exige abrigo. “É suficiente uma área coberta, mas que receba iluminação indireta, como a de uma janela. Sol direto, em outro horário que não o dos primeiros raios, provocará queimaduras maléficas em suas folhas.”
De acordo com Adriano Mota, proprietário do Orquidário Mata da Praia, em Marataízes, ES, a luminosidade ideal é em torno de 60%. Ele alerta para os cuidados com água e ar. “As espécies do gênero Phalaenopsis gostam de certa umidade, mas detestam excesso de água. O bom é deixar o substrato sempre úmido ou deixá-lo secar para então molhar. A boa circulação do ar é vital para a planta, tanto para a secagem do substrato quanto para a respiração das folhas”, orienta.

CARACTERÍSTICAS
Mota explica que as espécies possuem crescimento ilimitado, pois são monopodiais; têm raízes absorventes e aderentes, as quais são responsáveis pela alimentação da planta e por sua fixação; e folhas que fazem respiração e também alimentação. É um gênero muito resistente e durável. “Suas flores persistem por três a cinco semanas antes de murcharem.” Devido a suas características, a Phalaenopsis é muito utilizada em cruzamentos e, de acordo com Mota, é a maior planta em matéria de híbridos. “Phalaenopsis stuartiana tem sido muito utilizada como matriz para aumentar o número de flores. Alguns híbridos modernos possuem essa espécie como base.” Entre as mais requisitadas pelo mercado de flores, segundo o especialista, está a Phalaenopsis amabilis devido a suas flores brancas graúdas em forma de cascata.
De fácil plantio, as espécies podem ser plantadas em vasos de barro ou plástico, cachepô de madeira ou em troncos de árvores. “Quando cultivadas em vasos ou cachepôs, é necessário que se coloque uma camada de pedra no fundo para permitir a rápida drenagem do excesso de água. Complete com substrato da sua escolha”, explica Mota.

CUIDADOS
Para o melhor desempenho da planta, o proprietário do Orquidário Mata da Praia sugere o uso de adubo – fórmula 20-20-20 ou similar – aplicado na medida de uma colher de café por litro. Quanto ao substrato, há diversos que podem ser utilizados, lembrando que durabilidade, retenção de água e adubação nos variados tipos são distintas entre si. São eles: carvão vegetal, casca de pinus, pedras brita, nó-de-pinho, casca de peroba, coco desfibrado e árvores vivas.
Dentre os problemas que poderão ser enfrentados estão as pragas. Mota elenca algumas delas: o percevejo ataca principalmente folhas mais novas, já os pulgões proporcionam danos e deformações em brotos e folhas. Para ambos, o combate se dá por meio de inseticida à base de água.
As cochonilhas, espécie de algodão branco, devem ser retiradas com água corrente e sabão neutro com auxílio de uma escova dental macia. O inseticida à base de água só deve ser usado quando o ataque for grande. Já as lesmas e caracóis são eliminados com lesmicida aplicado após o uso de água. Além dessas, há as doenças fúngicas que acometem as plantas. Quando isso ocorre, o ideal é isolar a orquídea, suspender as regas, cortar as folhas atingidas e pulverizar fungicida sistêmico, que pode ser encontrado em casas especializadas na comercialização de adubos e defensivos agrícolas.

Phal. equestris x Phal. cenderii




Texto Carolina Pera
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