Grama: Escolha e Procedência Importam

Garanta qualidade no plantio da grama: escolha a espécie certa e compre de fornecedores confiáveis para evitar problemas.

O terreno já está definido para receber a gramínea; a espécie também já foi eleita, seguindo os critérios de uso, como resistência ao pisoteio, e de acordo com a insolação. As próximas etapas são a aquisição e o plantio da grama. Alguns formatos são mais indicados para áreas maiores e outros garantem o resultado mais rápido. “Rolos e tapetes são as formas mais indicadas para plantio em projetos residenciais, devido à rápida cobertura do solo, evitando a propagação de plantas daninhas. Essa escolha dependerá da área a ser plantada e do relevo do terreno”, orienta a engenheira agrônoma Daniela Antoniolli, coordenadora executiva da Associação Nacional Grama Legal, com sede em São Paulo, SP.

“Rolos e tapetes oferecem cobertura rápida, evitando plantas daninhas e agilizando o plantio em áreas residenciais.”

“Normalmente, para jardins residenciais, o mais utilizado e recomendado são os tapetes, na medida 62,5 x 40 cm. Dependendo da extensão do gramado e se permitir a entrada e manobras do equipamento de plantio, podem ser empregados os maxi rolos, que medem 0,75 x 40 m, cuja plantação é mais ágil comparada à dos tapetes, por não terem emendas”, esclarece o engenheiro agrônomo Maurício Ercoli Zanon, gerente comercial e coordenador do departamento de pesquisa da Itograss, que oferece as espécies grama-esmeralda (Zoysia japonica) e grama-são-carlos (Axonopus compressus). Outra maneira de forrar a área é por meio de plugs. Porém, segundo o engenheiro agrônomo Ernesto Siqueira Henriques, da Green Grass, que indica a espécie grama-zeon (Zeon zoysia), pela adaptação a vários tipos de solo e com baixa manutenção, o método é pouco utilizado pois exige trabalho e tempo na sua condução até a formação. “As placas deixam o gramado pronto”, enfatiza Henriques.

“A grama de procedência duvidosa compromete o jardim com plantas invasoras, pragas e alta frequência de manutenção.”

A grama em rolo com o tamanho de 1,25 x 40 cm é uma forma antiga de comercialização, mas ainda em uso. O nome se deve por serem enrolados para comercialização. Segundo o especialista da Green Grass, todo o processo é manual, como colheita e transporte. “A vantagem das placas e tapetes é a mecanização total das etapas, incluindo acondicionamento sobre pallets, carregamento por empilhadeiras e descarregamento. São também mais leves e fáceis de serem manuseados”, esclarece.

Segundo Henriques, praticamente não há diferença de valores entre os rolos e tapetes. “O metro quadrado do produto na forma de maxi rolo é mais caro, porém ocorre economia no tempo de plantio e mão de obra necessária. A equação deve ser bem estudada para a escolha da opção mais vantajosa”, completa o engenheiro agrônomo da Itograss, que promete para 2016 novas variedades de gramíneas para os jardins residenciais.

De olho na origem

Uma das questões importantes para a beleza e conservação do tapete verde é a procedência da grama. Segundo a Associação Nacional Grama Legal, entidade criada em 2010 para fomentar a profissionalização da gramicultura brasileira, existem diversos produtos irregulares à venda no mercado, originados de áreas de produção irregulares, que não respeitam normas ambientais e agrícolas e de extrativismo ilegal. “Essas gramas possuem alta contaminação por plantas daninhas, diminuindo o aspecto paisagístico do gramado e aumentando a frequência de manutenção”, enfatiza Daniela.

Dessa forma, a engenheira agrônoma recomenda a aquisição do produto em um distribuidor, floricultura ou viveiro regularizado e estabelecido. “Evite a compra em caminhões estacionados em estradas e vias urbanas”, alerta. Outra dica da profissional é consultar sempre paisagistas, técnicos e agrônomos antes de adquirir e plantar o gramado. “O barato pode sair caro. A grama sem origem compromete a qualidade do gramado porque traz risco de plantas daninhas, pragas, parasitas e fungos de solo para seu jardim”, finaliza.

“Consultar profissionais antes de comprar grama evita problemas futuros e garante qualidade e segurança no paisagismo.”

Texto Janaina Silva

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