UM BOM LUGAR PARA LER UM LIVRO…
Sugestões de jardins e recantos inspiradores para espaços enxutos
Investir em plantas e em refúgios, mesmo em áreas reduzidas, é possível e sempre bem-vindo. Selecionamos seis ideias de composições para praças, locais de leitura, pergolados, jardins internos, hortas e até banheiros. Use a imaginação e a criatividade e desenvolva seu próprio cantinho verdejante!
LÁ É PRIMAVERA
Um lugar sombreado, perfeito para as manhãs e as tardes, com a presença marcante de plantas e flores. Se é assim que imagina um local de tranquilidade para descansar, a ideia assinada pela paisagista paulistana Luciana Wehba pode ser um impulso para criar um só seu. Feito de madeira de demolição, o aconchegante pergolado, presente na reforma a cargo da arquiteta Marília Caetano, de São Paulo, SP, aparece como um espaço especial na casa, ocupando um trecho de passagem e deixando-o único. A trepadeira de folhas volumosas dá charme ao local, assim como a falsa-vinha (Parthenocissus tricuspidata). Bancos de madeira e uma fonte ampliam a calmaria.
UM BOM LUGAR PARA LER UM LIVRO
A pedido dos proprietários, o jardim criado pelo escritório Alalou Paisagismo, da capital paulista, ganhou um atrativo espaço para leitura com bancos de madeira e namoradeira de fibra sintética. Composições com pedras, pedriscos e seixos emolduram o local em meio a espécies cuidadosamente escolhidas. Ao fundo, utilizou-se fórmios (Phormium tenax) e treliças com diferentes espécies de orquídeas; nas laterais, aproveitou-se a sombra das palmeiras e do próprio muro para plantar espécies de meia-sombra de grande floração e folhagens impactantes, como antúrio-branco (Anthurium andraeanum), maranta-zebrina (Calathea zebrina) e orelha-de-elefante (Colocasia gigantea), além de palmeira-fênix (Phoenix roebelenii) para conferir volume e deixar a área acolhedora. No local mais ensolarado, trabalhou-se com touceira de estrelítzia (Strelitzia reginae).
CADA UM NO SEU QUADRADO
Para aqueles que gostam de cozinhar e não dispensam os temperos sempre à mão, a arquiteta paisagista Rafaela Novaes, de Campinas, SP, projetou uma horta com uma estrutura de madeira tratada e revestida com cruzetas que lhe dão um visual rústico. Os quadrados abrigam cebolinha (Allium fistulosum), salsinha (Petroselinum crispum), manjericão (Ocimum basilicum), alface (Lactuca sativa), pimenta (Capsicum spp.), cenoura (Daucus carota), tomate (Solanum lycopersicum) e outras espécies.
“Foi utilizado um substrato especial sobre o solo existente que permaneceu por baixo, desta forma as plantas têm um espaço ainda maior para o desenvolvimento. Temos diversos tipos de temperos, hortaliças e até alguns legumes, todos definidos juntamente com os proprietários para que fosse algo funcional e atendesse às necessidades da família.”
INFINITO PARTICULAR
Na reforma da morada na capital paulista, o arquiteto Fabio Marins, da mesma cidade, investiu na natureza para compor os recantos e criar espaços especiais pelo amplo quintal. Marins utilizou blocos-canaleta para criar um jardim vertical. Nos vãos, inseriu vasos com aspargo (Asparagus densiflorus), samambaia (Davalliaceae) e cissus (Cissus rhombifolia), espécies indicadas pela paisagista Adriana Uemura, também de São Paulo, SP. Canaletas que reaproveitam água da chuva garantem a irrigação. A sobra de “rachão”, pedra usada na fundação e drenagem da morada, resultou no piso em forma de círculo para dispor cadeiras e espreguiçadeiras para aproveitar o convívio, a beleza e o encanto do local.
PARA MERGULHAR
Outra criação inspiradora do arquiteto Fabio Marins para residência em São Paulo, SP, foi ocupar a área, onde antes se posicionava uma edícula que foi abaixo, com um convidativo ofurô (Multiforma) para os momentos de completo descanso para refazer as energias. Ao redor, dispõe trepadeiras verdejantes e um pouco mais à frente, espécies com folhagens exuberantes que favorecem também a privacidade, como pleomele (Dracaena reflexa) e costela-de-adão (Monstera deliciosa). O deque ganhou madeira cruzeta de antigos postes retirados da rua, material de descarte que confere o ar rústico à superfície. “É possível usar materiais baratos de forma interessante. Eles dão um efeito decorativo, com personalidade.”
Texto Janaína Silva
Veja também em https://www.casadois.com.br/product-page/paisagismo-jardinagem-147