Aprenda a selecionar plantas que garantem segurança e bem-estar para seus pets, evitando espécies perigosas.
Espécies resistentes e sem espinhos ou substâncias tóxicas devem ser eleitas para as áreas ajardinadas com a presença de cachorros e gatos. A dica é da arquiteta paisagista Celeste Moraes, de Campinas, SP, dona também do simpático Fred (foto à esquerda), da raça maltês. “Quem tem um recanto verde em casa ou no apartamento e um mascote sabe que o animal irá se aventurar no espaço, mastigar algumas plantas e até cavocar a terra, na maior alegria”, contextualiza Celeste.
De acordo com ela, o local deve conter plantas com caules e folhas firmes, como palmeiras (Arecaceae), pleomele (Dracaena reflexa), murta (Murraya exotica), camélia (Camellia japonica) e trepadeiras, como a tumbérgia (Thunbergia grandiflora). Um alerta para os que apreciam extensos tapetes verdes: a urina dos animais é ácida e provoca danos na grama, além de não suportar o pisoteio contínuo. “A solução é utilizar pedriscos nas áreas em que os cães passeiam com mais frequência”, orienta a arquiteta paisagista.
Celeste explica que não é apenas por curiosidade que os pets mastigam as folhagens. “A maioria deles come gramíneas ao sentir desconforto estomacal e quando precisa provocar o vômito. Os gatos usam esse método para liberar bolas de pelos que engolem em sua higiene”, esclarece. Dessa forma, ao não encontrarem a grama, podem escolher uma espécie tóxica. Por isso, toda a atenção é pouca ao definir as espécies para adornar a área verde.
Assim, alguns exemplares são proibidos para que a convivência seja tranquila e sem acidentes. “Descarte as que provocam irritações e podem levar à morte se ingeridas em grande quantidade”, alerta. São elas: azaleia (Rhododendron simsii), hortênsia (Hydrangea macrophylla), espada-de-são-jorge (Sansevieria trifasciata), alamanda (Allamanda cathartica), mamona (Ricinus communis), bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima), samambaia (Davalliaceae), copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica), comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia amoena) e espirradeira (Nerium oleander), entre outras.
Outra providência é excluir da região a vegetação que machuca, como, por exemplo, as pontiagudas e espinhosas, como coroa-de-cristo (Euphorbia splendens), lança-de-são-jorge (Sansevieria cylindrica) e roseiras (Rosaceae). Segundo a arquiteta paisagista, os cachorros, principalmente, precisam de ambientes estimulantes para gastar energia, mas é possível ensiná-los a não mexer em determinados locais. “É importante criar uma área exclusiva para brincar, para as necessidades fisiológicas e enterrar seus objetos. Uma horta e um tanque de areia certamente agradarão”, conclui.
Texto Janaina Silva