Aprenda a utilizar palmeiras ornamentais para criar um jardim tropical e deslumbrante com dicas práticas de plantio e cuidados.
As palmeiras (Arecaceae) são elementos de destaque em projetos paisagísticos, oferecendo uma estética tropical e verticalidade aos jardins. Essas plantas ornamentais, com seus diversos troncos e folhagens, trazem beleza e movimento às composições paisagísticas. “O contraste criado pela ampla variedade de alturas, formatos de troncos e tipos de folhas é verdadeiramente impressionante”, afirma a arquiteta paisagista Celeste Morais, de Campinas.
Ela ressalta a diversidade dos troncos, que podem ser colunares, lisos, bojudos, revestidos de fibras ou pelas folhas caídas. Quanto às folhas, as formas são igualmente variadas, incluindo leque, planas, armadas, pinadas, crespas, arqueadas e rijas, com uma paleta de cores que vai do verde ao cinza azulado, passando por amarelo-alaranjado.
Entre as palmeiras mais comuns em projetos de jardinagem, Celeste destaca várias espécies, incluindo a palmeira-imperial (Roystonia regia), palmeira-garrafa (Hyophorbe lagenicaulis), e a palmeira-solitária (Chamaedorea elegans), entre outras. Cada uma delas contribui de maneira única para o paisagismo, oferecendo opções de altura e textura diversas para qualquer jardim.
O plantio dessas palmeiras pode ser realizado durante todo o ano. Para isso, recomenda-se cavar covas adequadas ao porte da planta. Para palmeiras em recipientes de 20 litros, covas de 50 x 50 x 50 cm são geralmente suficientes. O solo deve ser uma mistura de terra de qualidade, esterco ou composto orgânico, enriquecido com farinha de osso, superfosfato simples e cloreto de potássio. É importante notar que algumas palmeiras adultas podem suportar o transplante mais facilmente do que outras, e podem necessitar de cuidados específicos, como a redução do sistema radicular para equilibrar a transpiração.
Após a fase jovem, as palmeiras requerem poucos cuidados além da remoção periódica de folhas secas e inflorescências murchas. Elas são resistentes a pragas e doenças, embora as cultivadas em ambientes internos possam enfrentar problemas como cochonilhas, pulgões e ácaros. Para lidar com esses problemas, a aplicação de soluções específicas pode ser necessária. No entanto, a arquiteta alerta para o uso de produtos químicos, pois podem causar danos ao meio ambiente, especialmente em períodos de floração e frutificação, quando há risco de morte de polinizadores e envenenamento de pássaros.
Celeste também recomenda evitar o plantio de palmeiras de grande porte em espaços reduzidos e de espécies espinhosas em áreas de passagem. Além disso, a iluminação adequada pode valorizar significativamente o paisagismo, destacando a beleza dessas plantas. “Iluminar as palmeiras valoriza muito o paisagismo”, conclui Celeste.
Texto Janaina Silva
