Como Cuidar de Orquídeas Oncidium

Oncidium enderianum

Aprenda a cuidar das orquídeas Oncidium, conheça suas cores, espécies raras e os cuidados essenciais para flores duradouras.

Amarelas, marrons, verdes, alaranjadas, brancas, róseas e até tigradas, a diversidade de cores das flores é um dos grandes atrativos da orquídea Oncidium, que tem entre as mais populares a chuva-de-ouro (Oncidium varicosum) e a pingo-de-ouro (Oncidium flexuosum). Elas são também conhecidas por bailarinas devido à aparência dos labelos com a saia das dançarinas e à semelhança de formato das peças superiores da flor e sua coluna com o tronco e os braços.

Não há número exato de espécies da orquídea Oncidium. São cerca de 315 e centenas de híbridos. De acordo com o orquidófilo René Rocha, no livro ABC do Orquidófilo, o gênero já reuniu um maior número de espécies, mas passa por estudos e novas proposições pelos taxonomistas. Por exemplo, a Oncidium equitante passou a pertencer ao gênero Tolumnia.

“A durabilidade e a quantidade das flores tornam a orquídea Oncidium um espetáculo natural que pode durar até 40 dias.”

As orquidáceas do gênero Oncidium preferem basicamente o clima tropical para vegetarem. A maioria é epífita, isto é, crescem sobre os galhos, troncos e copas das árvores, e apresentam pseudobulbos ovalados e achatados. “Outra característica presente em grande parte das espécies do gênero é que as pétalas e as sépalas são bastante pequenas em relação ao labelo”, enfatiza Sonia Soares, sócia do Orquidário Mata da Praia, de Marataízes, ES.

A durabilidade e a quantidade das flores são os grandes atrativos da orquídea Oncidium. “Geralmente, dão hastes florais com várias inflorescências que chegam a durar até 40 dias. Existem exemplares cujas hastes não passam de 5 cm e com inúmeras flores de 4 a 5 mm. Há também espécies com caules de até 1 m e outras com apenas uma única flor”, exemplifica Carlos Hass, do Orquidário Chácara Suíça, de Curitiba, PR.

Hass destaca entre as variedades a rara Oncidium retemeyerianum, cuja peculiaridade é permanecer florida o ano todo. “Abre uma flor por vez. Quando uma cai, floresce a próxima da haste, e assim ocorre ao longo do ano”, elucida o orquidófilo.

Sucesso no cultivo

Não há uma maneira padrão válida para cultivar todas as espécies de Oncidium. Segundo Sonia, o cultivo depende da origem da orquidácea. “A maioria aprecia ser cultivada ao ar livre, sem, contudo, ficar exposta diretamente ao sol. Desenvolvem-se muito bem plantadas em tocos de galhos de árvores e, quando em vaso, preferem os de barro com substrato bem arejado, pois não toleram muita umidade, já que suas raízes são finas e apodrecem facilmente”, ensina o orquidófilo do Orquidário Chácara Suíça.

“A rara Oncidium retemeyerianum permanece florida o ano todo, florescendo continuamente ao longo de sua haste.”

A profissional do Orquidário Mata da Praia explica que uma planta de clima frio, como a Oncidium concolor ou a Oncidium crispum, se levada para um ambiente de temperatura mais elevada, irá florir e vegetar razoavelmente por dois ou três anos, no máximo, e, em seguida, irá definhar subitamente e morrer sem razão aparente a não ser pelo clima inadequado. “A escolha das espécies ou híbridos deve ser feita de acordo com o clima”, reforça a especialista.

No inverno, algumas orquídeas do gênero precisam de um período de repouso bem severo e outras nem tanto. Sonia alerta que a diminuição da rega não deve provocar o enrugamento dos pseudobulbos e das folhas. “As espécies originárias da Floresta Atlântica precisam de mais umidade do que as de regiões mais secas”, fala ela.

Na adubação, recomenda-se adubo foliar a cada 30 dias na composição 10-10-10 ou 20-20-20, sempre na dosagem recomendada pelo fabricante. “O excesso de adubo pode manchar as folhas”, alerta Hass.

Cruzamentos

Devido à quantidade de florescências e tons, o gênero possui uma diversidade de híbridos, como o O. Star Wars, O. Aloha ‘Iwanaga’ e O. Twinkle, entre outros.

Os especialistas avisam sobre constantes ataques de fungos da ferrugem, bastante frequente nas espécies e nos híbridos mais sensíveis ao cobre. Entre as pragas, as mais comuns são as cochonilhas e lesmas.

“O cultivo da Oncidium exige atenção ao clima, com adaptações específicas para cada espécie ou híbrido.

Texto Janaina Silva

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