CYMBIDIUM
Aprenda os cuidados essenciais para espécies de orquídeas como Cattleya e Laelia em regiões diversas do Brasil.
Possivelmente, a identidade do Brasil se dá justamente na ausência de um perfil estático: a mistura de raças, traços e trejeitos é marca admirada mundo afora. E não poderia ser diferente em relação às orquídeas. Gêneros originários de determinada região podem ser encontrados em outra por meio de algumas formas curiosas de cultivo, onde a criatividade brasileira entra em ação. “Muitos orquidófilos têm tido sucesso com o Cymbidium, característico do sul, em clima mais quente. Para isso, regam a planta com água gelada ou colocam cubos de gelo em seu entorno”, destaca Carlos Ervino Haas, do Orquidário Chácara Suíça, em Curitiba, PR.
Nos dias de hoje, com tantas espécies híbridas, novidades nas formas de cultivo e produtos diferenciados, muitas vezes é possível desenvolver qualquer tipo de orquídea – ainda mais que “uma grande parte se adapta muito bem em temperaturas entre 15ºC e 25ºC”, indica Henrique Ribeiro, do BR Orquídeas, em São José, SP. Entretanto, devido a certas características climáticas, alguns gêneros se adequam melhor do que os demais em cada região. Selecionamos alguns deles para guiar os orquidófilos ao redor do país. Mas os especialistas destacam: nada de se ater em demasia aos traçados do mapa nacional. “Em função do tamanho e da geografia do Brasil, a maioria das regiões tem uma diversidade climática muito grande”, completa Ribeiro.
Cymbidium
Cultivado no sul, precisa do frio para florescer. Pode ser plantado no jardim desde que em floreiras ou em volta dos muros para obter um pouco de proteção em relação aos raios solares. Quando plantado em vasos, tem de ser bem adubado a cada 30 dias com adubo orgânico. Em terra, a adubação pode ser feita a cada 60 dias. Outros gêneros para a região: Odontoglossum e Paphiopedilum. Outros gêneros para a região: Odontoglossum e Paphiopedilum
Phalaenopsis
Adequa-se bem em todos os ambientes, desde que não apanhe sol direto e correntes de ar. Tem preferência por sombreamento de 70%. Adubo orgânico ou mineral caem bem para o gênero, que não precisa ser adubado durante a floração. O substrato sempre tem de ser novo e bem drenado. Recomenda-se plantá-la em casca de pinus nº 1 com um pouco de esfagno (musgo). Outros gêneros para a região: Cattleya, Laelia e Phalaenopsis
Cattleya
Planta originária do sul e sudeste do país, a Cattleya purpurata tem cultivo muito simples — de preferência ao ar livre e embaixo de ripados sombrites de 50%. Vasos cerâmicos baixos com furos laterais são os mais adequados para o cultivo. As raízes apreciam bastante aeração e pouca umidade, por isso cultivá-la pendurada pode ser uma boa opção. Outros gêneros para a região: Phalaenosis, Dendrobium e Laelia
Catasetum
Adora florestas úmidas e quentes e há dificuldade em cultivá-lo em outras regiões. Gosta de ser plantado em árvores que não percam folhas no inverno para manter sua proteção. O gênero deve ser cultivado somente ao ar livre com sombra de 70% e pendurado. Vários orquidófilos têm tido sucesso com seu cultivo em garrafas PET. Outro gênero para a região: Mormodes.
Laelia
Originárias do centro-oeste e nordeste, as Laelia rupícolas nascem no meio das fendas das pedras em território semiárido. Adaptam-se a pleno sol e não suportam frio. Devem ser plantadas em vasos de barro pequenos e fundos, com utilização de pedra britada nº 0 lavada para extração de todo pó, em um local quente. Outro gênero para a região: Mormodes. Outros gêneros para a região: Phalaenopsis, Dendrobium e Laelia. Outras gêneros para a região: Cattleya, Phalaenopsis e Vanda.
Texto Cristina Tavelin